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O que o bombardeiro B-52, que sobrevoou costa da Venezuela, é capaz de fazer

Em operação desde 1955, aeronave tem capacidade de ataque nuclear e pode transportar até 32 toneladas de armamentos

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Três bombardeiros B-52 sobrevoaram a costa da Venezuela, em meio a tensões entre EUA e Venezuela.
  • O B-52 é um bombardeiro estratégico com capacidade de ataque nuclear e alcance de mais de 14 mil km.
  • Aeronaves podem realizar diversas missões militares e utilizam tecnologia avançada para aumentar a precisão dos ataques.
  • Os EUA intensificaram operações contra narcoterrorismo na região, gerando críticas de entidades internacionais por possíveis violações de direitos humanos.

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Um B-52 designado para o 23º Esquadrão de Bombardeio na Base Aérea de Minot, em 15 de julho de 2024
B-52 é um dos principais símbolos do poder aéreo de Washington Força Aérea dos EUA/Emma Anderson

Três bombardeiros B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoaram na quarta-feira (15) uma área próxima à costa da Venezuela. O movimento ocorreu no mesmo dia em que o presidente Donald Trump confirmou ter autorizado operações secretas da CIA em território venezuelano. A presença das aeronaves compõe com uma concentração militar americana no Caribe, composta por navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35, em meio ao aumento da tensão entre Washington e Caracas.

Fabricado pela Boeing, o B-52 é um bombardeiro estratégico com capacidade de ataque nuclear e alcance intercontinental. O modelo pode voar mais de 14 mil quilômetros sem reabastecer e transportar até 32 toneladas de armamentos, entre bombas nucleares e convencionais, minas e mísseis. A aeronave, segundo especialistas, é o pilar fundamental da frota de bombardeiros dos Estados Unidos e um dos principais símbolos do poder aéreo de Washington.


Um B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos e um F/A-18F Super Hornet da Força Aérea Real Australiana sobrevoando o Território do Norte durante o Exercício Talisman Saber 23
Um B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos e um F/A-18F Super Hornet da Força Aérea Real Australiana sobrevoando o Território do Norte durante o Exercício Talisman Saber 23 Cortesia da Força Aérea dos EUA

Segundo a Força Aérea americana, o B-52 pode realizar ataques estratégicos, apoio aéreo aproximado, interdição e missões marítimas. “O B-52 é o bombardeiro mais capaz em combate do arsenal americano e um elemento essencial da estratégia de segurança nacional dos EUA”, afirma a Boeing. A aeronave é equipada com sensores ópticos, sistemas infravermelhos e miras avançadas, que aumentam a precisão dos ataques. Em missões noturnas, os tripulantes utilizam óculos de visão noturna para ampliar a visibilidade.

Os bombardeiros vistos sobre a região da Venezuela estavam em espaço aéreo internacional, dentro da chamada Região de Informação de Voo, área sob jurisdição venezuelana, mas fora de seu território. De acordo com o site FlightRadar, a rota percorrida pelos aviões formava um desenho que chamou atenção e pode ter sido parte de uma estratégia de guerra psicológica.


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Desde setembro, os Estados Unidos intensificaram ataques a embarcações que, segundo o governo americano, pertencem a organizações narcoterroristas ligadas ao tráfico de drogas. O bombardeio mais recente ocorreu na terça-feira (14), quando militares americanos atingiram um barco em águas internacionais próximas à costa venezuelana, resultando na morte de seis pessoas. Trump afirmou que “a inteligência confirmou que a embarcação estava traficando narcóticos e associada a redes de narcoterrorismo”.

Um B-52, designado para o 69º Esquadrão de Bombardeio, pousa na linha de voo durante o Exercício Prairie Vigilance 23-1 na Base Aérea de Minot, Dakota do Norte, em outubro de 2023
Um B-52, designado para o 69º Esquadrão de Bombardeio, pousa na linha de voo durante o Exercício Prairie Vigilance 23-1 na Base Aérea de Minot, Dakota do Norte, em outubro de 2023 Força Aérea dos EUA/Alyssa Bankston

As ações, porém, têm sido criticadas por entidades internacionais. A Human Rights Watch classificou os bombardeios como “execuções extrajudiciais ilegais”, e o Conselho de Segurança da ONU debateu o tema, alertando para o risco de uma escalada militar na região. O governo da Venezuela, por sua vez, pediu uma investigação internacional e afirmou que as vítimas eram pescadores.


O bombardeiro B-52 entrou em operação em 1955 e continua ativo após quase sete décadas, mede 48,5 metros de comprimento, tem envergadura de 56,4 metros e pode atingir velocidade máxima de 1.050 km/h e altitude de até 15 mil metros. Cada unidade é tripulada por cinco pessoas e impulsionada por oito motores. Ao todo, 744 exemplares foram fabricados para a Força Aérea dos EUA e a Nasa.

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