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Onda de violência na África do Sul deixou 276 mortos

Governo sul-africano acrescentou 61 mortes ao balanço oficial de vítimas fatais dos distúrbios recentes em duas províncias

Internacional|

Governo precisou mobilizar soldados para conter a violência na África do Sul
Governo precisou mobilizar soldados para conter a violência na África do Sul Governo precisou mobilizar soldados para conter a violência na África do Sul

O governo da África do Sul anunciou nesta quarta-feira (21) que o número total de mortes relacionadas com a onda de distúrbios violentos e saques em massa que ocorreu recentemente no país é de 276, mas que a ordem está sendo mantida.

Leia também: Justiça da África do Sul retoma julgamento contra ex-presidente

"A estabilidade continua prevalecendo nas províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal (as duas regiões afetadas pelos distúrbios)", disse Khumbudzo Ntshavheni, ministra em exercício da Presidência da África do Sul, em entrevista coletiva.

Ela afirmou que, apesar da normalização gradual da situação, o governo identificou 61 mortes adicionais relacionadas com o surto de violência, chegando ao saldo total de 276 óbitos.

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Destes, 234 ocorreram em KwaZulu-Natal (leste) e 42 em Gauteng (província onde estão localizadas Joanesburgo e Pretória).

Além disso, a ministra confirmou que quatro pessoas presas por supostamente terem instigado a violência dos últimos dias — identificadas como Bruce Nimmerhoudt, Sibusiso Mavuso, Clarence Tabane e Ngizwe Mchunu — já compareceram perante os tribunais sul-africanos.

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Contabilizando prejuízos

O governo e os diversos atores sociais continuam avaliando os danos milionários — que incluem extensos danos em shopping centers, fábricas e armazéns, pequenas empresas e até escolas — e os instrumentos de ajuda econômica aos afetados.

As operações policiais também continuam para recuperar os bens roubados, que, segundo o governo, serão usados como prova e depois destruídos, algo que tem causado grande polêmica no país.

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Esta onda de incidentes violentos começou no último dia 9, inicialmente sob forma de protestos contra a prisão do polêmico ex-presidente Jacob Zuma por desacato judicial ao se recusar repetidamente a testemunhar por corrupção.

Nos dias seguintes, os distúrbios foram replicados em outras áreas, especialmente em Johannesburgo e se transformaram em uma cascata de motins e saques em massa sem precedentes para a democracia sul-africana, com multidões destruindo shoppings e lojas, queimando edifícios e veículos e fechando estradas e ruas.

O surto de violência foi, portanto, alimentado por problemas sociais pré-existentes, como extrema desigualdade, desemprego, altos níveis de criminalidade geral no país e má gestão da pandemia da covid-19.

Somente a partir do último dia 14, as autoridades começaram a retomar o controle das áreas afetadas, em grande parte graças ao destacamento de 25 mil soldados para apoiar a polícia.

Segundo o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, os incidentes foram "instigados" e "houve pessoas que planejaram e coordenaram"

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