ONG diz que mais de mil pessoas foram presas em protestos contra mobilização militar na Rússia

Presidente Vladimir Putin convocou nesta quarta-feira (21) parte dos reservistas do país para lutar na guerra da Ucrânia

21/09/2022 - 15h09 (Atualizado em 20/04/2024 - 05h40)

A ONG OVD-Infor informou que mil pessoas foram detidas nesta quarta-feira (21) em toda Rússia em manifestações contra a mobilização parcial para a ofensiva na Ucrânia anunciada horas antes pelo presidente Vladimir Putin.

De acordo com a OVD-Info, organização que monitora as detenções de opositores, as mobilizações aconteceram em pelo menos 23 cidades do país.

Jornalistas da AFP em Moscou testemunharam ao menos 50 pessoas detidas em uma das avenidas centrais da capital. Em São Petersburgo, a segunda cidade da Rússia, a polícia levou um ônibus repleto de detidos.

Os manifestantes gritavam "Não à guerra!" e "Não à mobilização!".

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"Todo o mundo tem medo. Sou a favor da paz e não quero ter que atirar. Mas é muito perigoso sair agora, se não teria muito mais gente", disse um manifestante de São Petersburgo, Vasily Fedorov, um estudante que usava um emblema da paz no peito.

Alexei Zavarki, de 60 anos, lamentou a resposta da polícia às manifestações.

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"Vim para participar, mas parece que já levaram todo o mundo", disse. "Não sei aonde vamos, este governo assinou sua sentença de morte, destruiu a juventude", lamentou.

Em um discurso à nação nesta quarta-feira, Putin decretou uma mobilização parcial dos reservistas russos para a ofensiva na Ucrânia e afirmou que está disposto a usar "todos os métodos" do arsenal russo contra o Ocidente.

O McDonald's reabriu nesta terça-feira (20) parte das lanchonetes em Kiev, capital da Ucrânia, para receber pedidos feitos em aplicativos de delivery de comida. A rede tinha suspendido os serviços por quase seis meses por conta da guerra no país

*Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira

Três unidades em Kiev começaram a fazer pedidos de entrega, e mais sete unidades irão abrir na próxima semana, de acordo com a porta-voz do McDonald's na Ucrânia, Alesya Mudzhyri. Espera-se que as lanchonetes possam ser abertas e frequentadas pelos clientes a partir de outubro

A rede de fast-food tinha suspendido as operações no país cerca de seis meses atrás, por conta da invasão das tropas russas ao país. Apesar disso, o McDonald's continuou pagando os mais de 10.000 funcionários que trabalhavam nas lanchonetes do país durante o tempo de inatividade

Entre os novos protocolos, o horário de funcionamento estabelecido nas unidades será das 9h até as 21h, e as lojas fecharão durante qualquer ataque aéreo na capital, para que clientes e funcionários possam encontrar abrigo

Antes da guerra, o McDonald's tinha 109 lanchonetes em funcionamento no país. Além das lanchonetes reabertas na capital, espera-se que outras unidades em cidades do oeste ucraniano, relativamente pacíficas, possam voltar a funcionar em um futuro próximo

A reabertura, ainda que parcial, da lanchonete, é um sinal positivo, de que os esforços russos em conter os avanços da Rússia no país estão tendo resultado. Desde o início de setembro, a ucrânia já retomou mais de 300 vilas e cidades entre a região de Lugansk e Kharkiv. "Nós avisamos que os soldados russos só têm duas opções: fugir da nossa pátria ou se render", declarou o presidente Volodmir Zelenski, em pronunciamento divulgado nesta terça

Por outro lado, o McDonald's encerrou em maio as operações na Rússia, fechando cerca de 850 lanchonetes no país. Um oligarca russo chamado Alexander Govor, que já era dono de restaurantes da empresa na Sibéria, comprou mais de 800 unidades da rede, e em julho, o McDonald's reabriu no país com o nome "Vkusno & tochka" (Gostoso e Ponto Final, em tradução livre)

O McDonald's reabriu nesta terça-feira (20) parte das lanchonetes em Kiev, capital da Ucrânia, para receber pedidos feitos em aplicativos de delivery de comida. A rede tinha suspendido os serviços por quase seis meses por conta da guerra no país *Esta...