Operação para libertar filho de 'El Chapo' deixa 8 mortos no México
Entre vítimas estão um civil, um agente da Guarda Nacional, um detento e cinco criminosos. Outras 16 pessoas ficaram feridas durante megaoperação
Internacional|Da EFE
A megaoperação realizada por integrantes do Cartel de Sinaloa para libertar Ovídio Guzmán, um dos filhos do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, deixou pelo menos oito pessoas mortas na cidade de Culiacán, no noroeste do país, e permitiu a fuga de 49 presos de uma penitenciária.
"O total de mortos é 8. Um civil, um agente da Guarda Nacional, um detento e cinco crimonosos. Além de 16 feridos", explicou o titular da Secretaria de Defesa Nacional (Sedena), Luis Cresencio Sandoval, em entrevista coletiva.
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No fim da tarde de ontem, integrantes do Cartel de Sinaloa aterrorizaram as ruas de Culiacán, que tem 800 mil habitantes, após rumores da prisão de Ovídio, considerado como herdeiro de "El Chapo" no comando da organização criminosa. Houve vários confrontos entre as forças de segurança e os traficantes.
Pressionado pela violência, o governo do México libertou Ovídio, também conhecido como "Chapito". O presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que a decisão foi tomada para preservar a vida de inocentes na região de Culiacán.
Segundo Sandoval, entre os feridos estão sete soldados, dois policiais municipais e um estadual e um oficial da Guarda Nacional.
Megaoperação de fuga
Ao falar sobre a fuga da penitenciária de Aguaruto, em Culiacán, o secretário de Segurança Pública do estado de Sinaloa, Cristóbal Castañeda, explicou que os presos se amontinaram, renderam os agentes que faziam a segurança do local e roubaram cinco armas.
"Continuamos com a operação de busca dos 49 presos", ressaltou Castañeda, sem dar detalhes a que grupos criminosos esses detentos pertenciam.
Ovídio Guzmán foi preso por 30 integrantes da Guarda Nacional. A operação tinha como objetivo prender o filho de "El Chapo" para atender a um pedido de extradição feito pelos Estados Unidos, que o acusam de tráfico de maconha, cocaína e metanfetamina.
A ação em Culiacán mostrou o enorme controle que o Cartel de Sinaloa tem sobre a região, considerada até então pacificada nos últimos meses.
Segundo o último balanço do Secretariado Executivo do Sistema Nacional de Segurança Pública do México, entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 577 homicídios no estado de Sinaloa, uma queda de 22,8% em relação ao mesmo período do ano passado.