Oposição tenta convencer militares a abandonar Maduro
Movimento vai fazer protestos na frente de quartéis no sábado (4) e foi anunciado pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó nesta sexta-feira (3)
Internacional|Da EFE
A oposição venezuelana organizará neste sábado (4) vários protestos em frente a quartéis de todo o país para pedir que os militares deixem de apoiar o regime de Nicolás Maduro.
O movimento foi anunciado nesta sexta-feira (3) pelo líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por 54 países, entre eles o Brasil.
"Iremos de novo aos quartéis em todos os estados para entregar uma mensagem", disse Guaidó em entrevista coletiva realizada em Caracas.
As manifestações ocorrerão três dias depois de Guaidó liderar uma precipitada revolta militar contra Maduro, que foi rapidamente controlada pelas forças de segurança leais ao chavismo.
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Segundo Guaidó, os manifestantes entregarão aos militares um documento sobre o movimento. No entanto, o líder opositor não quis revelar o conteúdo da mensagem que será distribuída nos quartéis.
"Se encontrarmos um bloqueio policial, não vamos tentar passar. Vamos conversar com os que estão ali, entregar o documento e convidá-los a se incorporarem à nossa luta. Sabemos que muitos querem se incorporar porque sabemos que há muito descontentamento", afirmou o presidente do parlamento da Venezuela.
Guaidó voltou a afirmar que a divisão nas Forças Armadas é evidente, como vem afirmando desde que iniciou contatos com os militares em janeiro, quando se autoproclamou presidente do país.
No entanto, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) se mantém leal a Maduro. Na última terça-feira, quando Guaidó tentou tomar a base aérea de La Carlota, a grande maioria dos militares não se uniu à rebelião.