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Países europeus começam a retirar cidadãos do Níger após golpe de Estado

O presidente Mohamed Bazum foi destituído em 26 de julho por sua própria guarda de segurança

Internacional|Do R7

Golpe no Níger destituiu Mohamed Bazum
Golpe no Níger destituiu Mohamed Bazum

A França começou a retirar seus cidadãos e de outros países europeus do Níger nesta terça-feira (1º), seis dias após o golpe de Estado que derrubou um dos últimos governantes pró-Ocidente nessa região da África, onde atuam vários grupos extremistas.

O presidente Mohamed Bazum foi destituído em 26 de julho por sua própria guarda de segurança, no terceiro golpe de Estado na região em três anos, após as tomadas de poder nos vizinhos Mali e Burkina Faso.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também anunciou um voo especial para os cidadãos que desejem sair do país.

Após as manifestações hostis de domingo (30) diante da embaixada francesa em Niamey, a capital do país, e das acusações procedentes do Níger de que a França conspira militarmente a favor de uma intervenção, o governo de Paris anunciou nesta terça-feira a retirada de seus cidadãos e ofereceu ajuda a outros europeus.


"Diante da deterioração da situação de segurança e aproveitando a calma relativa em Niamey, nós estamos preparando uma operação de retirada por via aérea", afirmou a embaixada em uma mensagem aos cidadãos franceses.

O ministério francês das Relações Exteriores confirmou que a operação começa ainda nesta terça-feira.


A França calcula que quase 600 cidadãos do país estejam no Níger, número que não inclui os turistas nem os residentes franceses que estão fora do país.

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A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) adotou sanções contra Níger, advertiu-lhe que poderia utilizar a força no país e deu um ultimato de uma semana aos golpistas para que Bazum retorne ao poder.


Na segunda-feira (31), a junta militar acusou a França de tentar "intervir militarmente" no país africano, o que Paris nega. Ao mesmo tempo, Mali e Burkina Faso, também governados por militares, fizeram o alerta de que qualquer intervenção no Níger seria uma "declaração de guerra" contra essas nações.

O comandante da guarda de Níger, o general Abdurahaman Tiani, declarou-se o novo líder do país, apesar das críticas da CEDEAO, da União Africana e da ONU, assim como da França, dos Estados Unidos e da União Europeia.

O golpe acionou os alarmes nos países ocidentais que lutam para conter uma insurgência jihadista nessa região — que teve início no norte do Mali, em 2012, avançou para o Níger e Burkina Faso três anos depois e agora ameaça as fronteiras de vários Estados frágeis no golfo de Guiné.

A violência extremista afetou um número indeterminado de vítimas civis, soldados e policiais em toda a região. Em Burkina Faso, 2,2 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar sua casa.

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