Paraguai reforça segurança após fuga de integrantes do PCC
75 presidiários envolvidos com a facção paulista escaparam no país. Funcionários que trabalhavam na prisão no momento da fuga foram presos
Internacional|Da EFE
O governo do Paraguai anunciou no domingo (19) que vai reforçar com militares e policiais os arredores das penitenciárias do país que tiverem integrantes da organização criminosa brasileira Primeiro Grupo da Capital (PCC).
A medida foi tomada pela ministra da Justiça, Cecilia Pérez, depois da fuga de 75 integrantes do PCC da prisão de Pedro Juan Caballero, no norte do país.
Antes do anúncio, ela participou de uma reunião do Conselho de Segurança, que contou com a presença do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e vários ministros.
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"Neste momento Pedro Juan está sendo totalmente cercada e o mesmo ocorrerá com as demais penitenciárias. O apoio militar e policial será muito maior do que o tivemos até agora", afirmou a ministra.
Pérez explicou que os funcionários que trabalhavam na prisão no momento da fuga foram presos. A ministra disse estar convencida de que os criminosos do PCC tiveram ajuda dos agentes penitenciários para escapar.
O ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, informou que uma operação de busca pelos detentos está em andamento no departamento de Amambay, que faz fronteira com o Brasil e cuja capital é Pedro Juan Caballero.
Mais cedo, a ministra da Justiça tinha confirmado que todos os 75 fugitivos são integrantes do PCC e que o diretor-geral de Estabelecimentos Penitenciários e as autoridades da prisão de Pedro Juan Caballero foram demitidas.
Entre os fugitivos, segundo Pérez, estariam seis "tenentes" de Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como "Minotauro", uma das principais lideranças do PCC. Ele foi preso no Brasil pela Polícia Federal em fevereiro de 2018.