Parlamento israelense vota por sua dissolução e país terá novas eleições
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não conseguiu formar maioria para montar um governo e a maioria dos congressistas votou pela dissolução
Internacional|Fábio Fleury, do R7
Menos de dois meses após ser formado na última eleição parlamentar, o Knesset, a Câmara de Israel, votou na noite desta quarta-feira (29) pela sua própria dissolução. Com isso, novas eleições serão realizadas em breve.
A votação foi proposta pelo Likud, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que não conseguiu formar uma coalizão que tivesse maioria no Knesset para poder governar. A outra alternativa era que o premiê entregasse o cargo para outro parlamentar, o que ele não aceitou.
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O principal entrave durante as negociações, que já deveriam ter sido encerradas há duas semanas mas que foram prorrogadas a pedido de Netanyahu, aconteceu por causa de uma lei sobre o recrutamento obrigatório de judeus ultra-ortodoxos para o serviço militar.
Dois partidos ortodoxos, que dariam ao primeiro-ministro a maioria necessária, não aceitavam de maneira nenhuma que o alistamento se tornasse lei. Outro partido, que também poderia contribuir, condicionou um apoio a Netanyahu à aprovação dessa lei.
Dessa forma, a 21ª legislatura do Knesset, eleita no último dia 9 de abril, se encerra depois de apenas 50 dias, a mais curta da história israelense. No total, 74 parlamentares votaram a favor da dissolução e 45 foram contrários.