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Parlamento peruano afasta Vizcarra e dá posse a nova presidente

No mesmo dia que o presidente dissolveu o Congresso, os parlamentares votaram seu afastamento e empossaram Mercedes Araoz para seu lugar

Internacional|Do R7

Congresso peruano afastou o presidente e deu posse à sua substituta
Congresso peruano afastou o presidente e deu posse à sua substituta

Em um dia repleto de confusões e reviravoltas, Mercedes Araoz, uma das vice-presidentes do Peru, foi empossada pelo Congresso na noite desta segunda-feira (30) como nova presidente do país. O anúncio foi feito depois que os parlamentares aprovaram uma moção afastando o presidente Martín Vizcarra de sua função por 1 ano.

A situação política tem um intenso confronto entre os poderes Executivo e Legislativo. Horas antes do parlamento votar o afastamento de Vizcarra, ele havia anunciado a dissolução do Legislativo para convocar eleições gerais antecipadas.

Por 87 votos dos 130 totais, o Parlamento determinou o afastamento de Vizcarra por "incapacidade moral". Enquanto a votação acontecia no Congresso, Vizcarra dava posse a Vicente Zeballos como novo primeiro-ministro do país no Palácio do Governo. Ainda não está claro qual será o destino do governo peruano.

Ano e meio de mandato


Vizcarra assumiu a presidência do Peru há um ano e meio, após a renúncia do ex-presidente Pedro Pablo Kuczinski, envolvido em um escândalo de corrupção. Os parlamentares alegam ter precedência por terem sido eleitos diretamente, ao contrário de Vizcarra, que era um dos vice-presidentes de Kuczinski.

O Parlamento votou o afastamento de Vizcarra ainda à noite porque o decreto de dissolução parlamentar do presidente somente seria publicado no diário oficial peruano na manhã de terça-feira.


O artigo da Constituição do Peru invocado por Vizcarra para decretar a dissolução do Congresso diz respeito a moções de confiança que o presidente pode pedir junto ao parlamento.

Segundo a lei, o presidente tem o direito de ordenar que o parlamento seja dissolvido se perder duas moções de confiança. Ele perdeu uma, na qual exigia o direito de nomear ministros do Tribunal Constitucional, a suprema corte do país, sem aprovação parlamentar.

A primeira moção negada, no entanto, tinha acontecido ainda durante o governo de Pedro Pablo Kuczinski. Os parlamentares alegam que, por isso, ela não contaria para o pedido de dissolução feita por Vizcarra nesta segunda-feira.

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