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Idoso morre após parte de hotel no litoral da Argentina desabar durante obra irregular

Segundo o prefeito de Vila Gessell, quatro pessoas foram presas e dois arquitetos estão sendo investigados

Internacional|Kaic Ferreira, do R7

Hotel estava realizando obra sem a autorização da prefeitura Reprodução/X/@24conurbano - 29.10.2024

Um idoso morreu e quatro pessoas foram presas, após parte de um hotel onde estava sendo feita uma obra irregular desmoronar na cidade de Vila Gessell, no litoral da Argentina, por volta da 1h desta terça-feira (29). A informação da morte foi confirmada pelo jornal argentino Clarín.

O portal ainda detalha que o homem se chama Federico Ciocchini, de 84 anos. A sua esposa, María Josefa Bonazza, 79 anos, foi resgatada pelos bombeiros, por volta das 10h30.

O casal estava passando as férias em um prédio vizinho que foi atingido. A idosa sofreu uma fratura no punho e úmero e foi socorrida de helicóptero para o Alende Hospital.

Segundo o prefeito do município, Gustavo Barrera, quatro pessoas foram presas, sendo duas ainda no local e outras duas após o desabamento.


Dois arquitetos que estariam encarregados das obras no prédio, já estão sendo investigados.

O Clarín afirma que as autoridades estão em busca de outras 10 vítimas, porém, a Prefeitura de Vila Gessell informou em nota oficial, que o número de pessoas presas nos escombros ainda é desconhecido.


Ao todo, incluindo bombeiros e policiais locais e federais, mais de 300 agentes estão atuando no local.

Hotel realizava obras sem autorização. Setor do prédio que desmoronou, estava com sinais de mudanças irregulares Reprodução/Prefeitura de Villa Gessell - 29.10.2024

O ministro de Segurança da província de Buenos Aires, Javier Alonso, detalhou para o site da prefeitura da cidade que “há pessoas que sobreviveram mais de uma semana nos escombros. O protocolo indica trabalhar desta forma (retirar todos os destroços). Fizemos um anel grande para manter o silêncio, outro menor onde só entra quem está trabalhando. Teremos que fazer a retirada manualmente e depois pegar um guindaste para movimentar as lajes. Tudo isto implica que pode haver pessoas presas por baixo”.


Obras irregulares

A prefeitura da cidade informou em nota oficial que todas as vítimas trabalhavam na obra clandestina, no Hotel Dubrovnik — a reforma não tinha autorização e não seguia regulamentações municipais. O desabamento aconteceu na parte traseira do edifício.

No dia 24 de agosto deste ano, a Direção de Edifícios Privados e Espaços Público da prefeitura já havia interrompido a obra, justamente pelas irregularidades.

Os donos do hotel entraram com uma solicitação e conseguiram autorização para mudanças de carpintaria (apenas no andar térreo), de revestimentos dos cômodos, pintura interior, troca de revestimentos dos banheiros e remoção de bancadas.

Depois, os proprietários entregaram um relatório técnico com ações de preparação para a instalação de um elevador e a construção de uma divisória de acesso na recepção. Este setor do imóvel não está na parte que desmoronou.

Por fim, outro processo foi aberto para a instalação do elevador, porém, a prefeitura solicitou no dia 15 desse mês, a apresentação da documentação correspondente a obra.

De acordo com a gestão municipal, é possível afirmar que a parte de trás da estrutura, que desmoronou, foi modificada ilegalmente.

Bombeiros voluntários e autoridades de cidades vizinhas foram mobilizados para o local.

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