O chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, o almirante Craig Faller, confirmou nesta terça-feira (9) a presença de tropas russas na Venezuela, apesar de o presidente americano, Donald Trump, ter dito em junho que o Kremlin lhe havia garantido que tinha retirado a "maioria" de seus militares do país sul-americano.
"Há tropas russas e há empreiteiros do setor de defesa da Rússia na Venezuela, prestando apoio ao regime de (o presidente Nicolás) Maduro", denunciou Faller durante um pronunciamento ao comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA.
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No final de março, o governo russo enviou a Caracas dois aviões com cerca de 100 militares alegando que eles realizariam trabalhos de manutenção de equipamentos.
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EUA afirmam que tropas russas na Venezuela são 'ameaça direta'
Washington criticou rapidamente a manobra, que chegou a ser tachada como "ameaça direta" por parte do assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton.
Nesta terça-feira, durante a audiência, Faller reiterou que a Rússia executa na América Latina, "da mesma forma que no resto do mundo", uma campanha de desinformação cujo objetivo é "desorientar" os cidadãos.
Além disso, o almirante advertiu aos senadores sobre uma crescente ingerência russa na América Latina e denunciou que Moscou pretende "semear a discórdia e a falta de confiança" entre os países da região, para promover regimes "autocráticos" como os de Cuba, Venezuela e Nicarágua.