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Peru: presidente do Congresso ligou para militares antes de votação

Segundo site, Manuel Merino, que é o próximo na linha de sucessão, buscou respaldo dos militares sobre eventual impeachment de Vizcarra

Internacional|Da EFE

Manuel Merino (d) teria falado com líderes militares antes de votar
impeachment
Manuel Merino (d) teria falado com líderes militares antes de votar impeachment Manuel Merino (d) teria falado com líderes militares antes de votar impeachment

O presidente do Congresso do Peru, Manuel Merino, integrante da oposição e número 1 na lista de sucessão do país, teria feito contato com militares, aparentemente para buscar respaldo para o julgamento político do presidente, Martín Vizcarra, conforme publicou neste sábado o site "IDL-Reporteros".

Leia também: Peru discute impeachment de Martín Vizcarra após áudios vazados

De acordo com o veículo de comunicação, o parlamentar telefonou para o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, César Astudillo, e ao comandante-geral do Exército, Fernando Cardán, para expressar o desejo de que o processo aconteça com normalidade.

Escândalo político

A notícia vem à tona um dia depois que o Congresso aprovou o início do procedimento que pode levar à saída de Vizcarra do poder, sob a alegação de incapacidade moral, foi aprovada com um placar de 65 votos a favor, 36 contra e 24 abstenções.

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Para que o impeachment do presidente se concretize, porém, são necessários 87 votos na sessão decisiva.

De acordo com as informações publicadas pelo "IDL-Reporteros", as ligações foram feitas nesta quinta-feira, horas antes da apresentação formal da moção pela destituição de Vizcarra, que será discutida na próxima semana no Parlamento.

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A proposta é resultado de três áudios divulgados ontem em que o presidente peruano é ouvido orientando assessores a mentir em um inquérito sobre sua relação com o cantor Richard Swing, investigado por supostamente ter se beneficiado de contratos irregulares com o governo.

Na noite de quinta-feira, ou seja, depois das supostas ligações, Merino fez menção aos militares, em uma declaração pública feita no Congresso.

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"Que a população tenha total segurança, e que as Forças Armadas tenham total segurança, de que esse Congresso atuará firmemente de acordo com a Constituição do Peru e com o regulamento interno", explicou o presidente do Parlamento.

Críticas do governo

O ministro da Defesa, Jorge Chávez, general da reserva, criticou as palavras de Merino e disse que a menção às Forças Armadas era "desnecessária e absolutamente fora de lugar".

"Quero rechaçar taxativamente a manifestação do presidente do Congresso, em alusão às Forças Armadas. Exigi a ele o respeito à institucionalidade", afirmou o integrante do governo.

O primeiro-ministro peruano, também general da reserva, foi mais um a se manifestar, acusando Merino de "praticamente dar um golpe de Estado", por estar dando uma interpretação arbitrária da Constituição local.

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