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Peru discute impeachment de Martín Vizcarra após áudios vazados

Parlamentares conseguiram no Congresso votação suficiente para começar procedimentos de impeachment contra o presidente

Internacional|Do R7, com Reuters

Martín Vizcarra afirmou que não irá renunciar e disse que existe um complô contra ele
Martín Vizcarra afirmou que não irá renunciar e disse que existe um complô contra ele

O presidente peruano, Martín Vizcarra, encarou nesta sexta-feira (11) um novo desafio à sua liderança menos de dois anos após tomar posse. Áudios vazados mostram ele conversa com um cantor envolvido em um caso de fraude que levaram parlamentares a pedirem o seu impeachment.

Na sexta-feira, os parlamentares conseguiram no Congresso votação suficiente para começar procedimentos de impeachment contra o presidente por "incapacidade moral". O presidente, por sua vez, afirmou que não renunciará e alegou um complô contra ele.

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Membros do Congresso ouviram gravações de duas conversas privadas entre Vizcarra e autoridades do governo sobre reuniões com Richard Cisneros, um cantor pouco conhecido.


De acordo com o jornal Gestión, em um dos áudios, Vizcarra fala a uma funcionária do governo, chamada Karem Roca, que versão ela deveria dar para justificar a visita do cantor no Palacio do governo publicada no portal de transparência. 

Cisneros, também conhecido como Richard Swing, recebeu contratos governamentais para palestras motivacionais no valor de 175.400 sois (R$ 250 mil), que estão sendo investigados pelo Congresso e pelo auditor-geral, junto com alegações de sua suposta ligação com a presidência.


Para os parlamentares, as gravações mostraram Vizcarra tentando minimizar suas reuniões com Cisneros. 

O último tumulto entre Vizcarra e o Congresso, um mosaico de partidos da esquerda à direita, sem maioria absoluta, corre o risco de aprofundar a crise no segundo maior produtor de cobre do mundo, que já está em um dos piores surtos de coronavírus do continente e na maior recessão em três décadas.

Vizcarra chegou ao poder dois anos atrás, depois da renúncia do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, por acusações de corrupção. Em setembro passado, ele enfrentou uma outra tentativa de impeachment, por incapacidade.

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