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Polícia boliviana nega que exista mandado para prender Evo Morales

Comandante da Polícia Nacional esclareceu que é o Ministério Público quem emite as ordens de prisão. Até agora, 25 mandados foram executados

Internacional|Da EFE

Evo Morales renunciou ao cargo de presidente
Evo Morales renunciou ao cargo de presidente

A polícia da Bolívia negou no domingo (11) que haja um mandado de prisão contra Evo Morales, ao contrário do que o agora ex-presidente do país havia anunciado no Twitter.

"Quero informar à população boliviana que não há mandado de prisão contra oficiais do estado como Evo Morales e seus ministros", disse Yuri Calderón, comandante da Polícia Nacional, à emissora de TV boliviana "Unitel".

Calderón esclareceu que é o Ministério Público e não a polícia quem emite os mandados de prisão.

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Ele afirmou que a "ordem foi emitida para os presidentes dos tribunais eleitorais departamentais e membros departamentais dos tribunais eleitorais".


Foi sim emitido um mandado de prisão contra María Eugenia Choque Quispe, que ontem renunciou à presidência do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia (TSE), e Antonio Costas, ex-vice-presidente do órgão.

Até agora, 25 mandados de prisão foram executados contra presidentes e membros dos diferentes tribunais eleitorais departamentais, disse Calderón.


Ontem, Evo Morales denunciou que corre risco de ser detido ilegalmente e que grupos violentos invadiram sua casa.

"Denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um oficial da polícia anunciou publicamente que tem instrução de executar uma ordem de prisão ilegal contra mim; além disso, grupos violentos invadiram minha casa. Os golpistas destroem o Estado de Direito", escreveu Evo Morales no Twitter.


Na manhã de ontem, o então presidente havia anunciado sua decisão de convocar novas eleições, após mais de duas semanas de mobilizações dos cidadãos que consideravam ter havido fraude eleitoral, com confrontos entre apoiadores e opositores de Morales.

Horas antes, um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) alertou para graves irregularidades nas últimas eleições gerais boliviana.

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