Polícia turca vistoria em Istambul durante caso Khashoggi
Dono da propriedade em área litorânea no sudeste de Istambul é um cidadão saudita, Mohammed Ahmed Alfaozan, que tinha o codinome "Ghozan"
Internacional|Do R7
A polícia da Turquia fez uma busca em uma casa de campo remota de uma área litorânea no sudeste de Istambul nesta segunda-feira como parte da investigação sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi no mês passado, disseram autoridades.
Autoridades acreditam que Mansour Othman Abahussain, um dos agentes sauditas supostamente envolvidos no crime cometido no consulado do reino em Istambul, ligou para o dono da vila um dia antes do assassinato, segundo a procuradoria-geral de Istambul.
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O dono da propriedade é um cidadão saudita, Mohammed Ahmed Alfaozan, que tinha o codinome "Ghozan", informou. Duas autoridades disseram à Reuters que Alfaozan adquiriu a casa próxima de Yalova, à beira do Mar de Marmara, cerca de três anos atrás.
Acredita-se que o telefonema tenha sido a respeito da destruição ou desaparecimento das partes do corpo, disse a procuradoria-geral.
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A polícia usou cães farejadores para vasculhar o jardim da casa e a área arborizada próxima, de acordo com câmeras da Reuters no local. No mês passado autoridades disseram à Reuters que os assassinos de Khashoggi se desfizeram de seus restos mortais em uma localidade rural perto de Yalova, que fica 90 quilômetros ao sudeste de Istambul de carro.
A busca foi interrompida ao anoitecer local desta segunda-feira.
O assassinato de Khashoggi tensionou os laços da Arábia Saudita com o Ocidente e abalou a imagem de seu líder de fato, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
A Arábia Saudita disse que o príncipe não teve conhecimento prévio do assassinato. Depois de oferecer várias explicações contraditórias, Riad disse mais tarde que Khashoggi foi morto e que seu corpo foi esquartejado quando negociações para persuadi-lo a voltar à Arábia Saudita fracassaram.
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