Policiais assassinados no Brooklyn se tornam nomes de ruas em Nova York

Nova York, 31 dez (EFE).- Os dois policiais que foram assassinados em 20 de dezembro no Brooklyn, Rafael Ramos e Wenjian Liu, vão se tornar nomes de ruas na cidade de Nova York, informaram nesta quarta-feira o prefeito da cidade, Bill de Blasio, e a presidente do Conselho Municipal, Melissa Mark Viverito. As duas ruas ficam no Brooklyn. "Nossos heróis caídos nunca serão esquecidos. Sua memória vive em suas famílias de sangue e em suas famílias do Departamento de Polícia de Nova York. Agora também viverão nas ruas das comunidades que estes homens valentes habitaram e protegeram", disse De Blasio. Melissa Mark Viverito afirmou que os dois policiais, elevados postumamente para detetives, foram "pais, irmãos e filhos e estavam comprometidos com a proteção de cada nova-iorquino que chama esta cidade de sua casa". Ramos, de 40 anos, e Wenjian Liu, de 32 anos, foram assassinados em 20 de dezembro por um negro, Ismaaiyl Brinsley, de 28 anos, que se suicidou pouco após cometer o duplo assassinato no distrito nova-iorquino de Brooklyn. Brinsley, que sofria de problemas mentais, atuou invocando o nome de dois afro-americanos que foram mortos pela polícia: Eric Garner, em Nova York, em julho, e Michael Brown, em Ferguson (Missouri), em agosto. O assassinato dos dois policiais aconteceu em meio a uma onda de manifestações em Nova York e em outros lugares do país pelas mortes de Garner e Brown, que causaram uma tensão racial no país que não era vista há décadas. Além disso, a morte dos dois agentes criou um conflito entre De Blasio (acusado de apoiar as marchas contra os abusos policiais) e os sindicatos de polícia da cidade, que ontem realizaram uma reunião para aproximar posturas. EFE msc/dk