O ainda presidente do Peru, Pedro Paulo Kuczynski anunciou em sua conta no Twitter que pode voltar atrás na sua decisão de renunciar ao cargo.
A fala de Kuczynski foi motivada pela tramitação de sua renúncia no Congresso peruano. Seus opositores tiveram como entendimento de que a renúncia é a mesma coisa que o impeachment e afirmaram no documento em que aceitam a renúncia, que PPK é um “traidor da pátria” por conta do “desempenho de cargos públicos que exerceu a vida inteira”.
“Se for assim, retiro minha carta [de renúncia] e enfrento o processo de impeachment, onde vou exercer meu direito de defesa”, afirmou nas redes sociais.
De acordo com informações do jornal La Republica, outros apoiadores de Kuczynski também protestaram contra o documento.
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O congressista Juan Sheput teria falado à rede de televisão local ATV que o texto não seria aprovado pela bancada e que “ele segue sendo presidente e merece respeito”.
O vice-presidente Martín Vizcarra, próximo na linha de sucessão, deveria assumir hoje a presidência do país.
Medo de fuga
O Ministério Público peruano está mobilizado para tentar impedir a fuga de Kuczynski do país. O receio é porque agora o presidente passará de testemunha a réu do processo que investiga a corrupção e a ligação do governo com a empreiteira brasileira Odebrecht.
Os procuradores já anunciaram que irão quebrar os sigilos fiscais, bancários e telefônicos de Kuczynski e também investigar também seu sócio nos contratos suspeitos, Gerardo Sepúlveda.