Presidência: Battisti passa pelo Brasil antes de ser extraditado
Assessor especial da Presidência diz, em redes sociais, que italiano será trazido ao país antes de ser levado à Itália
Internacional|Fabíola Perez, do R7
O assessor especial da presidência da República para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, afirmou neste domingo (13) que o italiano Cerase Battisti, preso no sábado (12), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, será trazido ao Brasil, de onde será levado possivelmente para a Itália, onde foi condenado por quatro homicídios na década de 1970.
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Por meio de suas redes sociais, o assessor afirmou que o italiano será levado a seu país de origem para cumprir pena perpétua, de acordo com a decisão da justiça italiana. Battisti estava foragido desde o dia 14 de dezembro do ano passado.
Também por meio das redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) parabenizou os responsáveis pela prisão de Battisti. Em sua conta do Twitter, Bolsonaro escreveu que "finalmente a justiça será feita ao assassino italiano e companheiro de ideais de um dos governos mais corruptos que já existiram no mundo (PT)."
O ministro do Interior da Itália também se pronunciou por meio do Twitter agradecendo as forças policiais italianas e estrangeiras, a Interpol e "todos aqueles que trabalharam para a captura de Battisti". Ele disse ainda que Battisti não merece uma vida confortável e que deve passar os dias na prisão.
O STF (Supremo Tribunal Federal) havia emitido uma ordem de prisão em dezembro, mas o italiano não foi encontrado. A decisão cumpre um pedido do governo italiano de extradição de Battisti, onde foi condenado à prisão perpétua.
Segundo o jornal Corriere della Sera, Battisti caminhava quando acabou detido por uma equipe de investigadores italianos da Interpol. A notícia diz ainda que ele estava sozinho e não ofereceu resistência. O italiano vestia calça e blusa azul, e usava óculos escuros.
O caso
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Cesare Battisti, de 63 anos, foi condenado na Itália por homicídios e vivia em São Paulo. Ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas, ele foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios na década de 1970, dos quais se declara inocente.
Ele passou 30 anos como fugitivo entre o México e a França e, em 2004, veio para o Brasil, onde permaneceu escondido durante três anos, até ser detido em 2007.
Em 2009, o STF autorizou a extradição em uma decisão não vinculativa que dava a palavra final ao então presidente Lula, que a rejeitou em 2010, no último dia do segundo mandato e o ato foi confirmado pelo STF.