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China ignora encontro de líderes do G20 para receber Nicolás Maduro, ditador da Venezuela

País asiático é o maior credor da Venezuela e investiu muito dinheiro no setor petrolífero do país latino-americano

Internacional|Do R7

Nicolás Maduro visitou a China pela última vez em 2018
Nicolás Maduro visitou a China pela última vez em 2018

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, visitará a China a partir desta sexta-feira (8), informou o Ministério das Relações Exteriores da China, e se encontrará com Xi Jinping, presidente da nação asiática. A viagem marca um novo engajamento entre os dois países, à medida que os laços de Pequim com as capitais ocidentais se deterioram — o presidente chinês, por exemplo, não participará do encontro do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, que acontece neste fim de semana, na Índia.

Os investimentos em energia e as questões de pagamento de dívidas provavelmente serão o foco da visita de 8 a 14 de setembro. A China, maior importadora de petróleo bruto do mundo, é a maior credora da Venezuela e uma importante participante do setor petrolífero do país, que possui as maiores reservas comprovadas do mundo.

A chegada de Maduro ocorrerá após reuniões entre uma delegação venezuelana, incluindo a vice-presidente e o ministro do Petróleo, e autoridades chinesas, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, em Xangai e Pequim, nesta semana, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China.

"As relações China-Venezuela resistiram ao teste das mudanças na situação internacional e permaneceram sólidas como uma rocha. A confiança política mútua entre os dois países tem se tornado cada vez mais forte", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em uma coletiva de imprensa regular nesta sexta-feira.


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A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou em um post no X (antigo Twitter) na sexta-feira que os dois governos estavam fortalecendo as relações bilaterais e expandindo "a cooperação estratégica e o trabalho conjunto internacional, em favor da paz e do respeito aos princípios e propósitos da Carta da ONU".

Washington e Caracas estão em desacordo há muito tempo e, embora o governo Biden tenha feito aberturas para aliviar as sanções contra a Venezuela, a decisão de Pequim de receber Maduro coincide com uma cúpula do G20 em Nova Déli neste fim de semana, da qual o presidente chinês, Xi Jinping, não participará.


Maduro visitou a China pela última vez em 2018, quando se reuniu com Xi em Pequim.

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