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Presidente deixa o Afeganistão após chegada do Talibã a Cabul

Ashraf Ghani trocou a capital Cabul pelo Tajiquistão, disse um alto funcionário do Ministério do Interior afegão neste domingo (15)

Internacional|Do R7, com agências internacionais

O presidente do Afeganistão Ashraf Ghani
O presidente do Afeganistão Ashraf Ghani

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, trocou a capital Cabul pelo Tajiquistão, disse um alto funcionário do Ministério do Interior afegão neste domingo (15). As informações foram divulgadas pela Al Jazeera.

Questionado sobre o assunto, o gabinete do presidente disse que "não pode dizer nada sobre o movimento de Ashraf Ghani por razões de segurança". Um representante do Talibã, que entrou na capital Cabul no início do domingo, disse que o grupo estava verificando o paradeiro de Ghani.

Leia também: Talibã chega a Cabul e está prestes a tomar o poder no Afeganistão

Talibã está prester a assumir o poder

O Talibã está prestes a assumir o poder no Afeganistão, depois de chegar às portas da capital Cabul, onde seus combatentes receberam ordens de não entrar, enquanto o governo se prepara para uma transição pacífica.


O movimento radical islâmico está a um passo de retornar ao poder, 20 anos depois de ser derrubado por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos por sua recusa em entregar o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, após os ataques de 11 de setembro de 2001.

"O Emirado Islâmico ordena a todas as suas forças que esperem nas portas de Cabul, não tentem entrar na cidade", anunciou no Twitter Zabihullah Mujahid, um porta-voz do Talibã.


Os insurgentes também prometeram que não vão buscar vingança contra ninguém, incluindo soldados ou funcionários que serviram ao atual governo.

Apelando aos afegãos a "não se desesperarem", o ministro do Interior, Abdul Sattar Mirzakwal, assegurou que ocorreria uma "transferência pacífica de poder" para um governo de transição. O porta-voz dos insurgentes Suhail Shaheen confirmou à BBC que espera uma transferência pacífica de poder "nos próximos dias". "Queremos um governo inclusivo (...) o que significa que todos os afegãos farão parte dele", disse.


Em apenas dez dias, os talibãs - que lançaram sua ofensiva em maio coincidindo com o início da retirada final das tropas americanas e estrangeiras - assumiram o controle de quase todo o país.

A derrota é total para as forças de segurança afegãs, que foram financiadas por 20 anos com bilhões de dólares pelos Estados Unidos, e para o governo do presidente Ghani, cuja renúncia parece inevitável. O chefe de Estado apelou às forças de segurança para que garantam "a segurança de todos os cidadãos".

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