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Presidente do Equador diz que não assinará contratos com a Odebrecht

Lenín Moreno afirmou ainda que vai exigir que a empresa brasileira repare prejuízos causados pelo escândalo de corrupção revelado pela Lava Jato

Internacional|Da EFE

Lenín Moreno quer justiça em relação à Odebrecht
Lenín Moreno quer justiça em relação à Odebrecht

O presidente do Equador, Lenín Moreno, afirmou nesta quinta-feira (7) que o país não assinará nenhum contrato com a Odebrecht enquanto ele estiver no cargo e que vai exigir que a empresa brasileira repare os prejuízos causados pelo escândalo de corrupção revelado a partir da Operação Lava Jato.

"Enquanto eu for presidente, a Odebrecht não assinará nenhum contrato com o governo equatoriano. Sim, certamente, exigiremos que eles colaborem com a justiça", afirmou Moreno em vídeo enviado aos veículos da imprensa local.

Na mensagem, Moreno também diz que processou a construtora para reparar os danos causados com a "política de propinas" para vencer licitações e assinar contratos para realizar projetos de financiamento público.

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Com esse objetivo, o presidente do Equador disse que realizou uma reunião nesta semana com os órgãos de controle do país para coordenar as ações do governo contra a Odebrecht.


"Exigimos que contribuam para que cheguemos à verdade, para recuperar o dinheiro dos equatorianos, para que peçam desculpas, algo que eles ainda não fizeram", afirmou Moreno no vídeo, que tem pouco mais de um minuto de duração.

A mensagem foi divulgada horas depois de uma juíza da Corte Nacional de Justiça ter suspendido o depoimento de Geraldo Pereira de Souza, ex-representante da Odebrecht no Equador, por considerar que não há garantias que ele comparecerá a futuras audiências. O testemunho dele seria colhido no consulado do país em São Paulo e transmitido por videoconferência.

Souza deveria testemunhar sobre a entrega de envelopes de dinheiro a uma das envolvidas no caso que ficou conhecido como "Propinas 2012-2016". Entre os acusados de receber pagamentos da construtora estão o ex-presidente Rafael Correa e o ex-vice-presidente Jorge Glas, condenado a seis anos de prisão por outro crime relacionado à Odebrecht.

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