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Presidente paraguaio pede investigação sobre acordo de Itaipu

Benítez quer que Secretaria Nacional Anticorrupção esclareça o escândalo aberto após a divulgação de um polêmico acordo feito com o Brasil 

Internacional|Da EFE

Acordo de Itaipu criou crise política no Paraguai
Acordo de Itaipu criou crise política no Paraguai

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, pediu à Secretaria Nacional Anticorrupção (Senac) uma investigação para tentar esclarecer o escândalo aberto após a divulgação de um polêmico acordo com o Brasil para a compra de energia de Itaipu, feito em maio.

O diretor da Senac, René Fernández, e o assessor de Transparência e Integridade da presidência do Paraguai, Carlos Arregui, confirmaram que Abdo Benítez lhes deu carta branca para investigar a atuação da equipe de negociadores do país no tema.

Crise já derrubou 5 do alto escalão paraguaio

Depois de derrubar cinco ocupantes de postos de alto escalão no país, entre eles o ministro de Relações Exteriores, Luis Alberto Castiglioni, o escândalo envolvendo a negociação do acordo chegou ao vice-presidente do país, Hugo Velázquez.


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A imprensa paraguaia noticiou que José Rodríguez González, que se disse assessor jurídico informal do vice-presidente, teria participado das negociações do acordo com o Brasil, considerado lesivo ao país por parte da oposição a Abdo Benítez.

Fontes teriam revelado ao jornal ABC Color que Rodríguez González, agindo em nome de Velázquez, instruiu os negociadores paraguaios a eliminar do acordo uma cláusula que dizia que o Paraguai poderia comercializar livremente sua energia excedente.


Oposição pressiona Benítez

Para a oposição, essa intervenção é uma prova de que o governo de Abdo Benítez agiu contra os interesses nacionais.


A suposta participação de Rodríguez González nas negociações provocou hoje a renúncia da mãe do assessor informal, a diretora da Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro e Bens (Seprelad), María Epifania González.

Velázquez reconheceu que Rodríguez González, um advogado de 27 anos, fez parte de sua equipe política, mas negou que ele atuasse como assessor pessoal ou como funcionário da vice-presidência do Paraguai.

Sessão extraordinária no Congresso

A investigação aberta a pedido de Abdo Benítez ainda está em fase inicial. Segundo os dois responsáveis pelo caso, nenhuma hipótese pode ser descartada.

"Temos a predisposição e a vontade política de investigar amplamente todos os fatos, independentemente da pessoa que estiver envolvida", disse o diretor da Senac.

Velázquez anunciou que pedirá à Câmara dos Deputados a convocação de uma sessão extraordinária para investigar o caso e descobrir a verdade.

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