Primeira-ministra promete ampliar controle de armas na Nova Zelândia
Jacinda Ardern confirmou que armas usadas no ataque às mesquitas de Christchurch foram compradas legalmente e prometeu mudar leis
Internacional|Fábio Fleury, do R7
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou em uma entrevista coletiva na manhã deste sábado (16, no horário local, noite de sexta-feira no horário de Brasília), que o suspeito de cometer o massacre nas mesquitas de Christchurch utilizou armas compradas legalmente e prometeu ampliar o controle da venda de armamentos no país.
"Ainda estamos trabalhando para determinar a sequência de eventos que levou a ele obter o porte e a posse desas armas, mas posso dizer uma coisa agora mesmo. Nossa legislação sobre armas vai mudar", disse a premiê.
Segundo um levantamento feito pela polícia local em 2016, a Nova Zelândia tinha cerca 1,2 milhão de armas legais em posse de civis, o que equivale a uma arma para cada quatro pessoas no país.
Fora da lista de suspeitos
Em sua coletiva, Jacinda Ardern explicou também que o suspeito não estava em listas de vigilância das agências de inteligência da Nova Zelândia, nem da Austrália, seu país de origem, e que ele tinha licença.
"Cinco armas foram usadas pelo principal suspeito. Havia dois fuzis semiautomáticos, duas escopetas e uma espingarda. O criminoso tinha uma licença de porte de armas, me falaram que foi emitida em novembro de 2017", explicou a primeira-ministra neozelandesa.
Ela também pediu ao público que não divulgue as imagens que o terrorista transmitiu pela internet enquanto invadia a mesquita e atirava nas vítimas. No total, 49 pessoas morreram em decorrência do ataque e 20 ficaram feridas.