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Príncipe assume responsabilidade por morte de jornalista saudita

Segundo rede de notícias árabe, Mohammed bin Salman teria dito que tem culpa em assassinato de Khashoggi porque crime aconteceu sob sua vigilância

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7

Príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita
Príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita

O príncipe Mohammed bin Salman, líder de facto da Arábia Saudita, admitiu pela primeira vez sua responsabilidade sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi — morto em outubro do ano passado dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia. As informações foram divulgadas pela rede de notícias árabe Al Jazeera nesta quinta-feira (26).

Segundo a Al Jazeera, o depoimento de bin Salman reconhecendo sua parcela de culpa no assassinato será exibido em um documentário na próxima semana, por ocasião do aniversário de um ano da morte de Khashoggi. "Aconteceu sob minha vigilância. Eu tenho toda a responsabilidade, porque aconteceu sob minha vigilância", teria dito o príncipe. Mohammed bin Salman nunca havia se pronunciado publicamente sobre o caso. 

Envolvimento do príncipe

O assassinato gerou comoção global no ano passado. O jornalista, crítico de Mohammed bin Salman, foi executado no consulado saudita durante uma operação que o presidente turco, Tayyip Erdogan, disse ter sido ordenada pelo nível mais alto das lideranças do reino. Khashoggi foi ao local obter documentos para que pudesse se casar com sua noiva turca, Hatice Cengiz.


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Depois de oferecer várias explicações contraditórias, o governo da Arábia Saudita admitiu que Khashoggi foi morto e que seu corpo foi esquartejado quando negociações para persuadi-lo a voltar à Arábia Saudita fracassaram.

A CIA e governos ocidentais envolvidos nas investigações apontam que Mohammed bin Salman foi o mandante do assassinato. As autoridades sauditas negaram, entretanto, qualquer vínculo dos autores do crime com membros da família real.


Onze indiciados

De acordo com a Al Jazeera, ao ser perguntado sobre como poderia não ter ciência sobre um crime de tal calibre, o príncipe Mohammed bin Salman teria respondido que o reino conta com "vinte milhões de pessoas. Temos três milhões de funcionários do governo".

Ainda em 2018, o Ministério Público da Arábia Saudita informou que um total de 11 pessoas foram incidiadas pelo caso, acrescentando que cinco delas devem enfrentar a pena capital porque estavam diretamente envolvidas na "ordem e execução do crime".

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