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Corpo de jornalista saudita queimou em forno, aponta investigação turca

Revelação foi feita por rede de televisão árabe. Partes de Jamal Khashoggi foram cremadas em fornalha na casa de cônsul-geral da Arábia Saudita

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7

Jamal Khashoggi foi morto em consulado saudita
Jamal Khashoggi foi morto em consulado saudita Jamal Khashoggi foi morto em consulado saudita

O corpo do jornalista Jamal Khashoggi — morto no consulado da Arábia Saudita em Istambul no último mês de outubro — foi provavelmente queimado em um largo forno situado na residência oficial do cônsul-geral saudita na Turquia.

A revelação foi feita pela Al Jazeera — maior rede de televisão do mundo árabe — em um documentário investigativo exibido neste domingo (3).

Segundo a Al Jazeera, as autoridades turcas monitoraram a queima do forno — situado na área externa da propriedade — porque sacolas que supostamente carregavam partes do corpo de Khashoggi foram transferidas para a casa do cônsul saudita depois que o jornalista foi morto dentro do consulado, a poucas centenas de metros de distância.

O processo de cremação teria durado três dias, de acordo com os oficiais.

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A rede de televisão árabe entrevistou o pedreiro que construiu o forno, que disse ter elaborado a estrutura de acordo com especificações do consulado saudita. A construção teria de ser funda e suportar temperaturas acima de 1.000 °C — calor suficiente para queimar metal.

Pacotes de carne também foram queimados no mesmo forno para disfarçar a cremação do corpo do jornalista, aponta a investigação. Os investigadores ainda encontraram indícios de sangue de Khashoggi nas paredes do consulado saudita depois de remover uma tinta aplicada pelo grupo que perpetrou a morte do articulista do Washington Post em 2 de outubro de 2018.

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A Al Jazeera também conversou com membros das forças de segurança turcas, políticos e amigos de Khashoggi — que era crítico de Riad. 

Jornalista esquartejado

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O jornalista Jamal Khashoggi foi assassinado no consulado saudita durante uma operação que o presidente turco, Tayyip Erdogan, disse ter sido ordenada pelo nível mais alto das lideranças do reino. Khashoggi foi ao local obter documentos para que pudesse se casar com sua noiva turca, Hatice Cengiz.

Depois de oferecer várias explicações contraditórias, o governo da Arábia Saudita admitiu que Khashoggi foi morto e que seu corpo foi esquartejado quando negociações para persuadi-lo a voltar à Arábia Saudita fracassaram.

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