Projeções de inflação na Argentina sobem para 99,9% em 2023
País vizinho do Brasil vive crise que só piorou nos últimos anos
Internacional|Do R7, com EFE
A previsão para dezembro deste ano de inflação na Argentina subiu para 99,9%. A estimativa veio dos analistas consultados mensalmente pelo banco central local para elaborar seu relatório de expectativas de mercado, divulgado na sexta-feira (3).
Em 2022, a inflação anual do país fechou em 92%. Ou seja, caso a projeção se confirme, os preços terão tido alta anual de 7,9 p.p. (pontos percentuais), no final de 2023.
Por outro lado, projeção sobre a evolução dos preços no varejo foi corrigida para baixo em 2,3 p.p. em relação à consulta anterior, realizada no final de janeiro.
De acordo com a pesquisa, a previsão da inflação interanual, entre 2022 e 2023, foi aumentada em 5 pontos percentuais para os próximos 12 meses, para 103,5%.
Além disso, os analistas revisaram para cima a previsão de inflação para o ano que vem. Agora, está em 81,7%, o que representa um aumento de 2,1 p.p. em relação ao que haviam previsto no mês passado.
Quanto à evolução da atividade econômica, os analistas ouvidos pela autoridade monetária argentina preveem que neste ano o PIB (Produto Interno Bruto) — que mede o tamanho de uma economia — tenha crescimento nulo.
Segundo os últimos dados oficiais, a economia argentina acumulou alta de 5,2% em 2022.
Histórico argentino na economia
Há temos que a economia argentina passa por crise, que só se agravou nos últimos anos. O país vizinho do Brasil é dominado por corrente política histórica de esquerda chamada de peronismo. De forma resumida, ela defende a intervenção do governo no mercado, em relação à economia.
Em 2015, um presidente de direita, Mauricio Macri, assumiu o poder. No entanto, não teve sucesso em implementar reformas e saiu com alta rejeição.
Na sequência, o atual mandatário argentino, o esquerdista Albérto Fernandez, se tornou presidente. Ele é próximo do peronismo.
Na chapa, Kristina Kirchner foi escolhida como vice-presidente. Ela também ocupou a casa rosada no passado. Em 2022, foi condenada a seis anos de prisão por corrupção.