Promotoria antiterrorista investiga esfaqueamento de turista perto da Torre Eiffel
Alemão foi morto por um radical islâmico. Ele também feriu outras duas pessoas antes de ser preso, aos gritos de 'Alá é grande'
Internacional|Do R7
A promotoria antiterrorista investiga o assassinato de um turista com dupla nacionalidade, alemã e filipina, neste sábado (2), em Paris, na França. O homem foi morto perto da Torre Eiffel por um radical islâmico, que também feriu outras duas pessoas.
O agressor, Armand Rajabpour-Miyandoab, nasceu em 1997 e vivia com os pais, iranianos, no subúrbio da capital francesa. A polícia o prendeu pouco depois de ele atacar o turista, nascido em 1999, com uma faca. Em seguida, ele usou um martelo para ferir outras duas vítimas: uma britânica, de 66 anos, e uma francesa, de 60 anos.
A promotoria abriu uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio com associação terrorista. O agressor, que já havia sido fichado por atividades de extremismo islamista e por problemas psiquiátricos, gritou "Allahu Akbar" ("Alá é grande") antes de ser preso, informaram fontes policiais.
O agressor afirmou aos agentes que já não "podia suportar" ver muçulmanos morrerem "tanto no Afeganistão como na Palestina", declarou o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin. Ele também expressou seu mal-estar com "o que está ocorrendo em Gaza" e acusou a França de ser "cúmplice da ação de Israel", segundo o ministro.
O ataque ocorreu "logo após as 21h locais (17h em Brasília)", quando o agressor "atacou um casal de turistas", informou o ministro à imprensa no local dos fatos, perto da Torre Eiffel. Depois que o homem morreu "esfaqueado", o jovem "atacou a mulher do turista alemão", mas um "taxista que viu a cena" a ajudou a se salvar.
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Os investigadores vão analisar o histórico médico do autor do crime, um homem com "perfil muito instável e facilmente influenciável", relata uma fonte de segurança. Os serviços de inteligência já o tinham detido em 2016 por preparar uma ação violenta no centro financeiro de La Défense, no oeste de Paris, segundo uma fonte policial.
A mesma fonte disse que ele já havia sido condenado a cinco anos de prisão e libertado após quatro anos preso. Rajabpour-Miyandoab publicou um vídeo nas redes sociais no qual assume a responsabilidade pelo ataque, confirmaram os investigadores.
Na gravação, ele se refere "a acontecimentos atuais, ao governo, ao assassinato de muçulmanos inocentes", detalhou a fonte de segurança. Os investigadores ainda não sabem quando o vídeo foi gravado, mas garantem que foi publicado "simultaneamente" ao ataque.