Pelo menos 26 palestinos, entre eles dois fotojornalistas, ficaram feridos por disparos do exército de Israel durante os protestos realizados semanalmente na Faixa de Gaza, junto à cerca de separação, segundo informou o Ministério da Saúde do enclave.
Além disso, outras 25 pessoas receberam atendimento médico, embora não tenham sido atingidas pelos disparos israelenses, de acordo com o Ministério.
Um dos profissionais de imprensa feridos, Hatem Omar, trabalha para a agência de notícias chinesa Xinhua e cobria os protestos, que já duram quase um ano e meio.
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Centenas de pessoas se aproximaram hoje da divisa no leste da faixa, agitando bandeiras palestinas e gritando contra Israel.
Os manifestantes pediam apoio aos palestinos cujas casas foram demolidas no final do mês passado em Wadi Humus, um bairro adjacente a Jerusalém Oriental, mas situado na área controlada pela Autoridade Palestina, o que afetou cerca de 350 famílias.
Testemunhas indicaram que palestinos armados dispararam contra um drone israelense que estava filmando os manifestantes e conseguiram derrubá-lo.
Suhial al Hindi, do alto escalão do Hamas, participou dos protestos e disse que a Câmara Unida Militar para a Resistência, que abrange a ala armada de várias facções palestinas, incluindo a sua, "está pronta para responder a qualquer ataque da ocupação israelense".
O Ministério de Saúde de Gaza informou que pelo menos 307 palestinos morreram e 17 mil ficram feridos por disparos israelenses desde o começo das chamadas Marchas do Retorno, em março do ano passado.
Israel considera que o Hamas utiliza estes protestos para infiltrar militantes e cometer atentados.