Protestos islamitas no Egito deixam um morto e termina com 73 detidos

Cairo, 11 abr (EFE).- Um manifestante islâmico morreu e 73 foram detidos nesta sexta-feira durante os enfrentamentos entre partidários da Irmandade Muçulmana e a polícia em diferentes províncias do Egito, informou a imprensa oficial do país. Um homem de 50 anos de idade morreu em Alexandria após ser baleado durante os choques que eclodiram entre as forças de segurança, os residentes da cidade, e partidários da Irmandade, explicou à emissora estatal o diretor do serviços de emergência, Amre Nasser. O funcionário afirmou que outras sete pessoas, entre elas um soldado, ficaram feridas nos enfrentamentos registrados na cidade de Al Fayum, ao sul da capital. Além disso, pelo menos 73 pessoas foram detidas no Cairo, Alexandria, Guiza e outras províncias. Segundo a televisão egípcia, que citou fontes do Ministério do Interior, os detidos possuíam algumas escopetas, coquetéis molotov e fogos de artifício. A chamada Aliança para a Defesa da Legitimidade, grupo de partidários do deposto presidente Mohammed Mursi, convocou seus seguidores a sair às ruas hoje e ao longo de toda a próxima semana, sob o lema "o golpe de Estado, origem da ruína", em protesto contra as atuais autoridades egípcias. A Aliança, liderada pela Irmandade Muçulmana, é contra a candidatura do marechal Abdelfatah al Sisi às eleições presidenciais de 26 e 27 de maio, ao considerar que ela demonstra "a máscara no rosto do líder do golpe de Estado" de 3 de julho de 2013 contra Mursi. Desde então, as autoridades enfraqueceram a estrutura da Irmandade Muçulmana, declarada organização terrorista, e prenderam seus principais líderes e reprimiram suas manifestações. Pelo menos 3.248 pessoas morreram no Egito e outras 16.806 ficaram feridas, a maioria civis, em atos de violência praticados desde o golpe militar, segundo o último relatório da base de dados da revolução egípcia Wiki Thawra. EFE ir/dk