Putin anuncia implantação de armas nucleares em Bielorrússia a partir de 8 de julho
Equipamentos militares russos já foram enviados ao país vizinho e soldados foram treinados para operar os armamentos
Internacional|Do R7
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, nesta sexta-feira (9), a implantação de armas nucleares táticas no território da vizinha Bielorrússia a partir de 8 de julho.
"Como vocês sabem, nos dias 7 e 8 de julho, será concluída a preparação das instalações correspondentes e iniciaremos imediatamente a implantação em seu território do armamento correspondente. Portanto, tudo está indo conforme o planejado", disse Putin ao se reunir com seu homólogo bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, na sua residência de verão de Sochi, no mar Negro.
Putin também se mostrou aberto a discutir com seu homólogo bielorrusso questões relacionadas à segurança no contexto da guerra na Ucrânia, país que faz fronteira com os dois países.
No fim de maio, Lukashenko anunciou em Moscou o início da transferência de armas nucleares táticas russas após revelar que Putin já havia assinado o decreto correspondente.
Os ministros da Defesa da Rússia, Serguei Choigu, e da Bielorrússia, Viktor Jrenin, assinaram há duas semanas em Minsk os documentos que regulam o armazenamento de armas nucleares "não estratégicas" no território da ex-república soviética.
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Moscou destacou que o sistema de mísseis tático-operacionais Iskander-M, capaz de usar mísseis não apenas em armas convencionais, mas também em armas nucleares, já foi entregue à Bielorrússia, que o vê como "uma resposta eficaz à política agressiva dos países hostis".
"Alguns dos aviões bielorrussos foram convertidos para o possível uso de armas nucleares. Os militares receberam treinamento adequado", destacou Choigu.
O ministro russo enfatizou que, embora a Rússia implante armas nucleares não estratégicas no território de Belarus, Moscou manterá o controle sobre elas e a decisão sobre seu eventual uso.
"A Rússia não transfere armas nucleares para a República da Bielorrússia: o controle sobre elas e a decisão de usá-las permanece com o lado russo", enfatizou.
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