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Putin diz que 'guerra-relâmpago' de sanções do Ocidente fracassou

Presidente russo argumenta que a economia do país está se estabilizando enquanto o padrão de vida dos europeus está caindo

Internacional|Do R7

Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (18) que a "guerra-relâmpago" do Ocidente com a política de sanções contra seu país devido à invasão da Ucrânia fracassou, dado que, segundo ele, a economia russa está se estabilizando enquanto o padrão de vida dos europeus está caindo.

O cálculo do Ocidente foi "impactar rapidamente a situação financeira e econômica do nosso país, provocar o pânico nos mercados, o colapso do sistema bancário, um desabastecimento em massa de produtos nas lojas", disse o mandatário em reunião com membros do governo sobre a situação econômica do país.

"Já podemos dizer com confiança que tal política em relação à Rússia fracassou. A estratégia de guerra-relâmpago econômica fracassou", comentou.

O mandatário argumentou que as sanções tiveram um impacto nos próprios países que as impeliram, em termos de "aumento da inflação e do desemprego, deterioração da dinâmica econômica nos EUA e nos países europeus, queda do nível de vida dos europeus, desvalorização das suas economias".


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"A Rússia tem resistido a essa pressão sem precedentes. A situação está se estabilizando, a taxa de câmbio do rublo voltou aos níveis da primeira quinzena de fevereiro e é determinada por uma balança de pagamentos objetivamente forte", analisou.

No primeiro trimestre, segundo Putin, o superávit da conta-corrente ultrapassou US$ 58 bilhões, "um recorde histórico".


Quando a Rússia lançou a sua campanha militar na Ucrânia, o rublo mergulhou quase 30% contra o dólar e o euro, uma queda que não se via desde pelo menos 1993 e 1994.

Segundo Putin, a inflação também está "se estabilizando agora", apesar de os preços ao consumidor terem subido 9,4% em apenas um mês e meio, para se situarem em 17,5% de ano para ano a partir de 8 de abril.


Além disso, "a moeda estrangeira está voltando ao sistema bancário do país e o volume de depósitos dos cidadãos está crescendo" em 1,6% nos primeiros dez dias de abril, informou nesta segunda-feira a governadora do Banco Central russo, Elvira Nabiullina.

O presidente russo disse também que o número de desempregados continua relativamente baixo, uma afirmação que argumentou com bons indicadores sobre o uso da geração de eletricidade.

Segundo dados de 30 de março publicados pela agência federal de estatística, Rosstat, o desemprego na Rússia caiu de 4,4%, em janeiro, para 4,1% em fevereiro, o mais baixo desde 1991, embora ainda não haja dados do mês passado, que foi quando muitas empresas internacionais suspenderam a sua atividade no país ou abandonaram o mercado russo devido a sanções ocidentais.

O prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, disse nesta segunda-feira que cerca de 200 mil pessoas podem perder o emprego só na capital devido ao fechamento de empresas estrangeiras.

No fim de março, Sobyanin afirmou que cerca de 300 empresas internacionais tinham cessado as operações na capital russa.

Quanto ao consumo, o chefe do Kremlin disse que, "após um breve boom em vários produtos, e isso acontece em tais situações a toda hora, a demanda no varejo voltou ao normal".

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