Putin diz que reservistas que estão na Ucrânia serão liberados nas próximas semanas
O presidente russo ainda afirmou que a mobilização foi vital para manter a linha de frente no território ucraniano
Internacional|Do R7
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (14) que a convocação de reservistas para lutar na Ucrânia, que foi criticada por alguns aliados do Kremlin, era vital para manter a linha de frente, mas será encerrada nas próximas semanas.
A Rússia conduziu uma convocação de reservistas para reforçar a longa frente de batalha depois que a Ucrânia recuperou território nas últimas semanas. Moscou também ameaçou usar armas nucleares para defender territórios, incluindo quatro regiões da Ucrânia que o país anexou no fim do mês passado, mas que não controla totalmente.
"A linha de contato é de 1.100 km, então é praticamente impossível mantê-la com forças compostas apenas de soldados contratados, especialmente porque eles participam de atividades ofensivas", disse Putin em entrevista coletiva ao término de uma cúpula no Cazaquistão, acrescentando que os convocados estavam sendo devidamente treinados.
Putin disse que não há planos para novos ataques de grande escala na Ucrânia "por enquanto", após o que Kiev disse ter sido o disparo de 100 mísseis russos nesta semana, principalmente na infraestrutura de eletricidade e aquecimento.
Foi o maior ataque aéreo da Rússia em um conflito de quase oito meses, que matou dezenas de milhares de pessoas.
"Não nos propusemos à tarefa de destruir a Ucrânia. Não, claro que não", disse Putin, descrevendo a guerra que começou em 24 de fevereiro como desagradável, mas dizendo que não se arrepende dela.
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Nas próximas duas semanas, disse ele, a Rússia encerrará a mobilização dos reservistas, que foi criticada por alguns dos aliados nacionalistas linha-dura do Kremlin e levou milhares de russos a fugir para países vizinhos para evitar o serviço militar.
Ele também repetiu a posição do Kremlin de que a Rússia está disposta a manter negociações para encerrar o que chama de operação militar especial, embora tenha dito que o entendimento exigirá a mediação internacional se a Ucrânia estiver disposta a participar.
Desde o início de outubro, as forças ucranianas vêm invadindo as linhas de frente da Rússia, em seu maior avanço no sul desde o início da guerra, com o objetivo de cortar as linhas de abastecimento e as rotas de fuga das tropas russas.