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Putin: mais de 600 mil militares lutam atualmente na Ucrânia

Presidente russo reafirmou nesta quinta-feira intenção de continuar com a guerra no país vizinho até alcançar seus objetivos

Internacional|Do R7, com AFP

Guerra na Ucrânia completará dois anos em fevereiro de 2024
Guerra na Ucrânia completará dois anos em fevereiro de 2024

Em uma rara divulgação de informações sobre efetivo da guerra na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (14) que seu país tem mais de 600 mil militares atuando nos combates. 

"O comprimento da linha de contato [onde há tropas russas e ucranianas] é superior a 2.000 km. Há 617 mil pessoas [militares] na zona de combate", afirmou Putin em uma entrevista coletiva anual, em Moscou. 

O mandatário russo reafirmou hoje a disposição em continuar com o que ele chama de "operação militar especial" no país vizinho. 

Quase dois anos após o início da ofensiva, que começou em fevereiro de 2022, ele expressou satisfação com as operações lançadas pelo exército russo desde o fim da mal-sucedida contraofensiva ucraniana.


"Quase em toda a linha de contato, nossas forças armadas estão melhorando suas posições. Quase todas estão em fase ativa", declarou.

Putin acrescentou que "haverá paz quando alcançarmos nossos objetivos", insistindo que a solução "será negociada ou obtida pela força". Ele defende desde o início a desmilitarização e a "desnazificação" da Ucrânia.


O presidente não revelou as baixas em seu Exército desde o início da guerra — os EUA estimam que 315 mil soldados russos morreram ou ficaram feridos.

No front, a contraofensiva ucraniana lançada em junho fracassou, e as forças de Moscou retomaram a iniciativa, ganhando terreno nas últimas semanas.


Apenas na noite de quarta-feira, o exército russo lançou 42 drones contra o sul da Ucrânia. Kiev afirmou ter derrubado 41 deles, mas a magnitude do ataque ilustra a crescente pressão militar exercida por Moscou.

Por sua vez, o exército ucraniano lançou nove drones contra a Rússia, que afirmou ter derrubado todos.

Pressão econômica

Quanto à resistência da economia russa às sanções, o líder também se mostrou confiante.

O país possui uma "margem de segurança suficiente" devido à "forte consolidação da sociedade russa", à "estabilidade do sistema financeiro e econômico do país" e ao "aumento das capacidades militares" de Moscou, afirmou.

Essa margem é "suficiente não apenas para sentir confiança, mas também para avançar", acrescentou.

O presidente disse esperar um crescimento do PIB de 3,5% este ano. "Isso significa que alcançamos e demos um grande passo à frente", afirmou.

Moscou continua a vender seus hidrocarbonetos, gerando receitas suficientes para financiar o esforço militar e concentrar a economia na produção de armas e munições.

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