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Putin diz que ajuda internacional à Ucrânia 'está acabando aos poucos'

Presidente da Rússia concedeu a primeira entrevista coletiva desde o início da invasão do país vizinho, em fevereiro de 2022

Internacional|Do R7

Putin respondeu a diversas perguntas feitas por jornalistas
Putin respondeu a diversas perguntas feitas por jornalistas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu nesta quinta-feira (14) a primeira entrevista coletiva desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Ao ser questionado por um jornalista sobre a continuidade do que o governo russo chama de "operação militar especial", ele garantiu que seus objetivos se mantêm.

"Haverá paz quando alcançarmos nossos objetivos que você acabou de mencionar. Agora voltemos a esses objetivos: eles não mudaram. Vou lembrar o que discutimos na época: a desnazificação da Ucrânia, sua desmilitarização, seu status neutro."

Putin falou sobre o que entende ser uma situação frágil da Ucrânia, que depende de ajuda internacional desde a invasão.

"Quanto à desmilitarização, se eles não quiserem chegar a um acordo, então somos obrigados a tomar outras medidas, incluindo militares. Hoje, a Ucrânia praticamente não produz nada. Eles estão tentando salvar algo, mas produzem quase nada, tudo é trazido [de outros países] de graça. Mas essa gratuidade pode acabar um dia. E aparentemente está acabando aos poucos."


A fala do mandatário ocorre em meio a um impasse entre a Casa Branca e o Congresso americano para a liberação de um novo pacote de US$ 61 bilhões (equivalentes a R$ 301 bilhões na cotação atual) de ajuda à Ucrânia. Uma parcela dos republicanos condiciona a liberação do dinheiro a grandes mudanças na segurança das fronteiras dos Estados Unidos.

Tentando comover os congressistas, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, fez uma visita nesta semana a Washington, onde conversou com legisladores e também se reuniu com Joe Biden.


A União Europeia, por outro lado, anunciou no meio do ano um novo pacote de apoio plurianual de 50 bilhões de euros (R$ 270 bilhões) a ser entregue entre 2023 e 2027.

"Para apoiar a própria Ucrânia, desde o início da guerra, a União Europeia e nossos Estados-membros disponibilizaram mais de US$ 91 bilhões [R$ 448 bilhões] em assistência financeira, militar, humanitária e para refugiados, com um aumento constante. Esta cifra inclui um compromisso sem precedentes de até US$ 19,3 bilhões [R$ 95 bilhões] em assistência financeira para 2023, distribuídos em incrementos mensais regulares para garantir financiamento estável para o funcionamento do Estado ucraniano", diz a União Europeia em seu site.

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