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Queimada na Amazônia vira destaque no G7 neste sábado 

Líderes dos países mais ricos do mundo se reúnem em Biarritz, na França, e devem fazer pressão sobre a política ambiental do presidente Bolsonaro

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Queimadas que atingem a região da Floresta Amazônica viram destaque no G7
Queimadas que atingem a região da Floresta Amazônica viram destaque no G7

As queimadas na Amazônia viraram o assunto de destaque da agenda entre os líderes das principais potências do mundo neste sábado (24), no primeiro dia da reunião de cúpula do G7, que acontecerá até segunda-feira (26), em Biarritz, famoso balneário francês. Os incêndios na floresta profunda já chegavam a 2 km de extensão nesta sexta-feira (23).

Após o presidente da França, Emmanuel Macron, convocar reunião emergencial sobre o assunto durante o encontro do grupo, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, os esforços internacionais para forçar o presidente Jair Bolsonaro a mudar as políticas de desmatamento do país ganharam impulso.

O Brasil deverá enfrentar uma grande pressão internacional. Além de constrangimento, poderá ainda receber sanções e ter acordos comerciais prejudicados.

A França e a Irlanda já ameaçaram bloquear o acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia (UE), se o governo de Jair Bolsonaro não impedir o desmatamento do país.


O governo finlandês, que atualmente preside a UE, pediu aos Estados membros que considerem mais restrições comerciais. O ministro das Finanças do país, Mika Lintila, disse que "condena a destruição da Amazônia e pede que a Finlândia e a UE examinem com urgência a possibilidade de proibir as importações brasileiras de carne bovina".

"A Amazônia está queimando e essa é uma questão que preocupa todo o mundo, pois ela é uma fonte de biodiversidade", disse Macron. "Temos um verdadeiro ecocídio se desenvolvendo em toda a Amazônia, não apenas no Brasil", acrescentou o presidente francês.


O presidente Bolsonaro se adiantou e conversou nesta sexta-feira (23) por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com fontes, eles trataram da Amazônia e de acordos bilaterais.

Em sua conta no Twitter, o presidente Donald Trump disse que tinha falado com o presidente Bolsonaro: "As perspectivas de comércio futuras entre os países são empolgantes, que a relação entre os países é forte, talvez mais forte do nunca". E ofereceu ajuda para o combate aos incêndios na Amazônia.


O Reino Unido sinalizou preocupação, e o premiê, Boris Johnson, irá utilizar a cúpula do G7 para pedir uma renovação no foco à proteção ambiental, informou seu gabinete nesta sexta-feira (23). "O primeiro-ministro está profundamente preocupado pelo aumento dos incêndios na Floresta Amazônica e o impacto da trágica perda desses preciosos habitats", disse uma porta-voz. A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, também apoiou que se discuta a ''situação urgente", durante a reunião do G7.

Preocupações climáticas

O gabinete da presidência da França chegou à conclusão de que o presidente Jair Bolsonaro teria mentido sobre suas preocupações climáticas durante a cúpula do G20 — que ocorreu entre 28 e 29 de junho de 2019 na cidade de Osaka, no Japão.

No encontro entre os líderes das 20 maiores economias mundiais, o presidente Bolsonaro declarou que existia uma "psicose ambientalista" no Brasil, convidou o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, para conhecerem a floresta, e sinalizou que o país continuaria no Acordo Climático de Paris.

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