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Quem é Liz Truss, nova primeira-ministra do Reino Unido

Terceira mulher a ocupar o cargo no país, conservadora venceu a eleição interna de seu partido com 57% dos votos

Internacional|Do R7, com AFP

Liz Truss chega à sede do Partido Conservador, em Londres, após vencer eleição
Liz Truss chega à sede do Partido Conservador, em Londres, após vencer eleição

Elizabeth "Liz" Truss, de 47 anos, então ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, confirmou seu favoritismo e se tornou a nova primeira-ministra do país, nesta segunda-feira (5).

Na eleição interna do Partido Conservador, ela conseguiu 57% dos votos, derrotou o

ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e se tornou a terceira primeira-ministra britânica, depois da também conservadora Margaret Thatcher (1979-1990) e de Theresa May (2016-2019).

Carreira

Truss nasceu em 26 de julho de 1975, em Leeds, no norte da Inglaterra. Ela é casada, tem duas filhas e cresceu em uma família esquerdista. Durante a juventude, na Universidad de Oxford, presidiu um grupo de jovens do Partido Liberal Democrata (centro), onde começou a mostrar fortes opiniões políticas.


Seus amigos de infância e colegas de faculdade, onde ela se formou em política e economia, lembram-se de uma estudante provocadora, mas discreta, que não se parecia com uma futura primeira-ministra.

Ela escandalizou seus pais, um professor de matemática e uma defensora do desarmamento nuclear, que acompanhou em manifestações quando criança, ao se juntar ao Partido Conservador para assumir posições de extrema direita.


Depois de uma década no setor privado, principalmente como diretora comercial de empresas como a Shell, ela foi primeira conselheira do sudeste de Londres e depois deputada em 2010.

Em 2012 ingressou no governo e ocupou uma série de pastas, primeiro como secretária de Estado da Educação e depois como ministra do Meio Ambiente, de 2014 a 2016. Ela também foi a primeira mulher ministra da Justiça. Depois, foi secretária-chefe do Tesouro.


Liz Truss é uma grande admiradora da primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher. Assim como ela, apelidada de "dama de ferro" pela mão pesada com que governou de 1979 a 1990, Truss representa a ala mais direitista do Partido Conservador.

Posições políticas

"Acredito em um futuro melhor e mais brilhante para a Grã-Bretanha. Tenho um plano ousado que fará nossa economia crescer e oferecer salários mais altos, mais segurança às famílias e serviços públicos de classe mundial", disse a nova primeira-ministra britânica, nesta segunda-feira (5), após o resultado da eleição .

"Farei isso reduzindo impostos, promovendo reformas e eliminando a burocracia que está travando as empresas", ressaltou.

Ela votou contra o Brexit no referendo de 2016. Mas, mais tarde, se tornou uma de suas defensoras mais fervorosas, negociando e anunciando novos acordos de livre-comércio.

Nomeada em 2021 como chefe da diplomacia, ela foi intransigente com a União Europeia em relação à Irlanda do Norte e, junto com Boris Johnson, foi firme contra a Rússia após a invasão da Ucrânia.

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Apesar de ser muito comparada com Margareth Thatcher, ela se distancia de sua grande referência quando se trata da relação com os Estados Unidos.

A intenção da nova primeira-ministra de reescrever o protocolo pós-Brexit para a Irlanda do Norte e sua postura intransigente em relação à Rússia de Vladimir Putin não agradam ao governo Joe Biden.

Segundo o Financial Times, em seu primeiro encontro com o secretário de Estado Antony Blinken, há um ano, Truss questionou o conceito tradicional de "relação especial" entre os dois países.

"Essa conversa foi emblemática de um estilo descrito como vigoroso, binário e assertivo por autoridades e analistas dos EUA, alguns dos quais disseram que Truss foi rápida em adotar posições maximalistas sem pensar nas consequências", observou o jornal.

Truss causou ainda mais aborrecimento quando, durante um comício de campanha em agosto, se recusou a identificar o presidente da França, Emmanuel Macron, como amigo do Reino Unido.

E em seu comício final na semana passada ela também se recusou a comentar as implicações para o Reino Unido se o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, concorrer à Casa Branca novamente.

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