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Quem era o brasileiro morto pelo Hamas, que foi encontrado nesta sexta-feira (24)

Michel Nissenbaum, de 59 anos, nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, e se mudou para Israel na adolescência. Ele tinha duas filhas e seis netos

Internacional|Do R7

Michel Nissenbaum foi pego pelo Hamas quando tinha ido encontrar uma das netas Reprodução RECORD

O corpo do brasileiro Michel Nissenbaum, de 59 anos, foi encontrado na madrugada desta sexta-feira (24) pelo Exército de Israel, junto de outros dois reféns capturados pelos terroristas do Hamas, no dia 7 de outubro do ano passado.

Michel nasceu na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, e se mudou para Israel ainda na adolescência, quando foi morar em Sderot, cidade israelense perto da Faixa de Gaza.

Ele era pai de duas filhas, avô de cinco crianças e aguardava o nascimento do sexto neto, que nasceu em dezembro do ano passado.

Familiares e amigos descrevem Michel como uma pessoa divertida, bem-humorada e que adorava viajar.


Ele trabalhava no setor de tecnologia, mas também era motorista de ambulância voluntário na organização United Hatzalah, serviço médico de emergência voluntário com sede em Jerusalém.

Pouco antes do sequestro, ele tinha concluído um curso de guia de turismo e estava empolgado com a perspectiva de realizar o sonho de trabalhar na área. Michel falava três línguas e já acompanhava grupos de turistas em alguns passeios por Israel.


A filha Hen Machluf e a irmã dele, Mary Shohat, chegaram a encontrar o presidente Lula, no dia 11 de dezembro, pedindo ajuda para encontrar Nissenbaum.

Na época do sequestro, Hen, em entrevista ao portal israelense Mynet Beersheva, contou a aflição que vivia desde o desaparecimento do pai. A principal pista de que ele estava com com os terroristas era a informação do aplicativo de localização do tablet de Michel, que mostrava que ele cruzou a fronteira e estava na Faixa de Gaza.


"Os terroristas invadiram casas e roubaram tudo o que podiam carregar. Como podemos descartar a possibilidade de que levaram o tablet dele para Gaza? Parece que estão zombando de nós", relatou a filha à imprensa israelense. "Ainda estou presa àquela sexta-feira escura em que meu pai desapareceu, e ninguém sabe para onde."

A família entregou amostras de DNA e imagens dentárias para ajudar no processo de localização e identificação, que foram usado pelo Exército de Israel para fazer a identificação do corpo nesta madrugada.

Desde o início da guerra, o Itamaraty confirmou a morte de outros três brasileiros: Bruna Valeanu, Ranani Glazer e Karla Stelzer — todos estavam na rave invadida pelo Hamas em 7 de outubro. Uma israelense que é filha de mãe brasileira também morreu na guerra.

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