Uma forte tempestade de inverno que atinge boa parte dos Estados Unidos afeta 72% da população do país. Já houve 17 mortes em oito estados e centenas de milhares de casas estão sem energia nesta véspera de Natal.
A situação continua em nível de alerta. O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu um boletim na manhã deste sábado (24) em que afirma que ventos perigosos "criarão um risco potencialmente fatal para viajantes que ficarem presos [na neve], indivíduos que trabalham fora, gado e animais domésticos".
As mortes ocorreram, principalmente, devido a acidentes de trânsito em rodovias afetadas por nevascas.
A recomendação é para que se evite sair de casa nas áreas afetadas. "Ficar ao ar livre pode provocar queimaduras de frio em minutos", diz o comunicado.
Segundo o projeto PowerOutage.us, nesta manhã mais de 1,5 milhão de consumidores em 19 estados acordaram sem energia elétrica.
A pior situação é a do Tennessee, onde quase 300 mil residências estavam sem o fornecimento do serviço. Em seguida, apareciam a Carolina do Norte (243 mil) e o Maine (240 mil).
Terceira maior cidade dos EUA, Chicago registrava às 6h20 (horário local; 9h20, em Brasília) temperatura de -18°C, mas a sensação térmica era de -23°C, devido às rajadas de vento de 29 km/h.
Em Nova York, os termômetros registravam -14°C, com sensação térmica de -25°C. As rajadas de vento superavam 27 km/h.
O frio, porém, não ficou restrito às regiões a que as pessoas já estão comumente habituadas. Em Dallas, no Texas, por exemplo, moradores estão experimentando temperaturas de -3,3°C, com sensação de -9,5°C.
Até mesmo na ensolarada Miami o frio está sendo sentido com força. A cidade registrava 8°C nesta manhã, mas a sensação era de 5,5°C.
O Serviço Nacional de Meteorologia ainda acrescentou que na região dos Grandes Lagos o acúmulo de neve pode passar de 1 m de altura neste sábado.
"Mesmo onde ocorrem menores acúmulos, a neve pesada combinada com rajadas de vento de mais de 40 mph [64 km/h] resultará em condições de nevasca", diz o boletim.
O mau tempo fez com que mais de 5.700 voos fossem cancelados na sexta-feira (23), segundo sites de monitoramento de tráfego aéreo. Outros 10,4 mil voos tiveram atrasos.