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Repórteres mulheres são atacadas em templo da Índia

Grupos hindus radicais ameaçaram cometer suicídio coletivo para impedir a entrada das mulheres em um templo tadicional no sul do país

Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com Reuters

O governo comunista de Kerala prometeu cumprir o veredito
O governo comunista de Kerala prometeu cumprir o veredito

A Suprema Corte da Índia decidiu no fim de setembro que mulheres em idade de menstruação têm o direito de frequentar templos hindus. Para o Judiciário indiano, a proibição contra mulheres era discriminatória e inconstitucional. A decisão afetou principalmente o templo Sabarimala de Kerala, no sul da Índia.

Desde então, mulheres devotas fecharam o caminho que leva até o templo, afirmando que era importante manter a tradição. Elas impediam qualquer mulher que suspeitavam estar indo para Sabarimala.

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Nesta quarta-feira (17), grupos hindus de direita atacaram jornalistas mulheres na colina do, tentando impedir a entrada pela primeira vez em séculos de mulheres entre 10 e 50 anos, apesar da presença de centenas de policiais.

Grupos hindus radicais ameaçaram cometer suicídio coletivo para impedir a entrada das mulheres, uma batalha cultural entre a Suprema Corte, que recentemente emitiu veredictos históricos ao legalizar o sexo gay e o adultério, e organismos tradicionais que ainda têm influência na nação profundamente religiosa.


Os grupos hindus, que incluem o Shiv Sena, ex-aliado do partido Bharatiya Janata do primeiro-ministro, Narendra Modi, dizem que a proibição de acesso a mulheres em idade de menstruar é exigida para apaziguar a principal divindade do templo, Ayyappan, retratada como um deus praticante de yoga que seus seguidores consideram eternamente celibatário.

O governo comunista de Kerala, que tem inclinação secular, prometeu cumprir o veredito.


Mas algumas seguidoras vêm sendo impedidas de ir ao local do templo, reabriria pela primeira vez desde o veredicto às 8h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira.

Uma jornalista da CNN News 18 foi agredida por manifestantes, que quebraram as janelas do carro em que ela estava diante da polícia, mostraram imagens do canal.


"Foi chocante os policiais ficarem ali sem fazer nada", disse a repórter Radhika Ramaswamy em uma transmissão do canal. "Os manifestantes tiveram rédea solta e atacaram nosso veículo."

Saritha Balan, uma jornalista da publicação online The News Minute, disse à TV indiana que foi agredida por manifestantes enquanto acompanhava devotos tentando acessar o local, e equipes de câmeras de vários outros canais tiveram seus veículos vandalizados.

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