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Republicanos se aproximam da maioria na Câmara dos Deputados dos EUA; Senado segue incerto

O partido de Trump conquistou pelo menos 210 assentos; a corrida por cadeiras de Nevada e Arizona serão chave em disputa

Internacional|Do R7

Democratas evitaram uma 'onda vermelha' republicana nas eleições de meio de mandato
Democratas evitaram uma 'onda vermelha' republicana nas eleições de meio de mandato

Os republicanos se aproximam de garantir a maioria na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (10), enquanto o controle do Senado ainda é incerto, dois dias depois que os democratas evitaram uma "onda vermelha" republicana nas eleições de meio de mandato.

Partido Republicano conquistou pelo menos 210 assentos na Câmara, segundo projetou o instituto Edison Research — oito a menos que os 218 necessários para tirar a Câmara dos democratas e barrar a agenda legislativa do presidente Joe Biden.

Embora os republicanos continuem sendo favoritos, havia 33 disputas na Câmara ainda a ser decididas — incluindo 21 das 53 corridas mais competitivas, com base em uma análise da Reuters dos principais analistas apartidários —, o que revela que o resultado final talvez não seja determinado por algum tempo.

O destino do Senado é mais incerto. Qualquer um dos partidos pode assumir o controle ao conquistar disputas apertadas em Nevada e no Arizona, onde as autoridades estão contando metodicamente milhares de cédulas não contabilizdas.


O partido que ocupa a Casa Branca historicamente sofre pesadas baixas na primeira eleição legislativa de meio de mandato. Os resultados de terça-feira (8) sugerem que os eleitores estão punindo o democrata Biden pela inflação mais alta em 40 anos.

Mas os democratas conseguiram evitar a grande derrota que os republicanos haviam antecipado e estavam se mantendo competitivos nas batalhas acirradas pelas cadeiras de Nevada e Arizona no Senado.


Os resultados de terça-feira também sugeriram que os eleitores estavam atacando os esforços republicanos de proibir o aborto e de lançar dúvidas sobre o processo de contagem de votos do país.

Biden classificou a eleição como um teste da democracia dos EUA, em um momento em que centenas de candidatos republicanos abraçaram as falsas alegações do ex-presidente Donald Trump de que a eleição presidencial de 2020 foi fraudada.


Há a possibilidade de a maioria do Senado ser definida em um segundo turno na Geórgia, pela segunda vez em dois anos. O candidato democrata Raphael Warnock e o desafiante republicano Herschel Walker não conseguiram atingir 50% na terça-feira, o que os forçou a uma batalha em 6 de dezembro.

Mesmo uma pequena maioria na Câmara permitiria que os republicanos moldassem o restante do mandato de Biden, bloqueando prioridades como o direito ao aborto e iniciando investigações sobre o governo e a família do democrata.

Biden reconheceu essa realidade na quarta-feira (9), ao dizer que está preparado para trabalhar com os republicanos. Uma autoridade da Casa Branca disse que o presidente conversou por telefone com o líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy, que anunciou no início do dia a intenção de concorrer à presidência da Câmara caso os republicanos controlem a casa.

"Acho que o povo americano deixou claro que espera que os republicanos estejam preparados para trabalhar comigo também", disse Biden em entrevista coletiva na Casa Branca.

Os republicanos devem exigir cortes de gastos em troca de aumentar o limite de endividamento do país no próximo ano, um confronto que pode assustar os mercados financeiros.

Já o controle do Senado daria aos republicanos o poder de bloquear os indicados de Biden para cargos administrativos e para o Judiciário.

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