A Justiça Militar da Rússia abriu o primeiro processo criminal contra um reservista que se recusou a combater na Ucrânia, segundo informou nesta quarta-feira (26) o advogado de direitos humanos Pavel Chikov.
"Não vou à Ucrânia, nem pretendo atirar em nenhum ucraniano", respondeu o acusado ao comandante, segundo detalhou o ativista em seu canal no Telegram.
O acusado é um cidadão da região siberiana de Iacútia, e os eventos ocorreram em um quartel em Ulan-Ude, capital da região de Buriácia.
Posteriormente, segundo seu depoimento, os oficiais da unidade o ameaçaram com represálias e a abertura de um processo, razão pela qual decidiu fugir.
O fugitivo, um sargento, foi mobilizado em 23 de setembro e removido de sua unidade cinco dias depois.
O reservista, que havia sido convocado como parte da mobilização parcial decretada pelo presidente Vladimir Putin, pode ser condenado a vários anos de prisão.
Centenas de milhares de russos em idade militar deixaram o país nas últimas semanas por medo de serem enviados para as linhas de frente na Ucrânia.
Além disso, muitos mobilizados e voluntários denunciaram a falta de equipamentos, as más condições de manutenção e a ausência de treinamento militar.
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