Reunião para formar novo governo da Espanha termina sem acordo
Caso partidos não cheguem a um acordo que permita que Sanchéz tome posse para um novo mandato, novas eleições legislativas serão realizadas
Internacional|Da EFE
A reunião entre o Partido Socialista (PSOE) e coalizão Unidas Podemos (UP), realizada nesta terça-feira (10), chegou ao fim sem acordo entre as partes, o que impede, por enquanto, a formação de um novo governo na Espanha.
O PSOE não vê "uma saída" para a negociação com Podemos, pois este partido "se negou o tempo todo" a aceitar um acordo sobre um programa e insiste em um governo de coalizão, disse aos jornalistas, a porta-voz socialista no Congresso, Adriana Lastra.
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Por sua vez, o secretário de Ação Política da UP, Pablo Echenique, culpou os socialistas por insistirem em formar um governo sozinho, considerando "um erro que definitivamente leva o país para eleições antecipadas".
Se os dois partidos não chegarem a um acordo que permita o chefe de Governo interino Pedro Sánchez, tome posse para um novo mandato antes do dia 23 de setembro, a Espanha teria que realizar novas eleições legislativas, no dia 10 de novembro.
A reunião que os líderes dos dois partidos realizaram hoje no Congresso dos Deputados por quase quatro horas não teve avanço, com as duas partes firmes nas posições iniciais que mantêm desde as eleições do dia 28 de abril: o PSOE quer um governo sozinho apoiado pela UP, enquanto este partido procura busca por um governo de coalizão.
Depois de quase três meses com essa discordância, o PSOE uma coalizão a UP justamente antes da primeira posse de Sánchez, em julho, mas na ocasião os Podemos classificaram a oferta socialista como insuficiente: uma vice-presidência do Executivo e três ministérios, fracassando assim a formação de um novo Governo.
Após o bloqueio para a primeira posse de Sánchez, no dia 25 de julho, PSOE e Podemos não conseguiram chegar a um acordo, já que os socialistas consideram que a oferta de julho não tem mais validade e agora só aceitam um acordo sem coalizão.
Além disso, as duas partes apontaram em diversas oportunidades a falta de confiança entre si como um dos principais motivos do bloqueio político.