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Risco de radicalização jihadista cresce em prisões da Itália

Entre os 506 detentos registrados nas prisões italianas, 242 deles são considerados de alto risco, enquanto outros 150 de nível médio

Internacional|Da ANSA

Radicalização jihadista aumentou 72% em prisões
Radicalização jihadista aumentou 72% em prisões Radicalização jihadista aumentou 72% em prisões

O número de prisioneiros considerados em risco de radicalização jihadista nas prisões italianas aumentou 72% em 2017 em comparação com 2016, apontou o 14º relatório sobre as condições de detenção publicado, nesta quinta-feira (19), pela Associação Antígona.

Segundo os dados, o nível de periculosidade entre os presos também aumentou. Entre os 506 detentos registrados, 242 deles são considerados de alto risco, enquanto outros 150 de nível médio.

No geral, de acordo com o documento, o número de prisioneiros na Itália até o dia 31 de dezembro de 2017 era de 57.608, representando um aumento de seis mil detentos nos últimos dois anos. Além disso, 40% dos presos que saem da prisão retornam dentro de uma década.

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"Os que saem da prisão voltam com frequência: é o sintoma de que a reintegração social tem limitações consideráveis, e é por isso que não devemos perder a oportunidade de prosseguir com a reforma do sistema prisional", indicou Patrizio Gonnella, presidente da Antígona.

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O relatório apontou também que apesar do número de imigrantes na Itália ter triplicado nos últimos 15 anos, a quantidade de estrangeiros presos diminuiu quase três vezes.

Já em relação aos crimes, 32 mil pessoas foram presas por conta de atos contra o patrimônio, enquanto 23 mil cometeram delitos contra a pessoa e 19 mil foram detidos por delitos com drogas.

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Uma testemunha da execução cruel afirmou que o objetivo da ação foi "incitar o medo entre os cidadãos" (FOTO ILUSTRATIVA)
O homem caminhou em direção ao buraco no portão, inclinou-se e se espremeu até conseguir passar. Ao chegar ao lado sírio da fronteira, correu em busca das colinas empoeiradas do norte da Síria — berço do Estado Islâmico. Um dos guardas da fronteira viu o homem correndo e gritou. No entanto, não foi suficiente para fazê-lo parar. Esse homem era Abu Ali, de 38 anos, que vinha da Jordânia. Sua vida por lá estava de cabeça para baixo e isso o motivou a procurar uma forma de nascer de novo
Após uma hora de caminhada, um carro apareceu e um dos soldados do Estado Islâmico levou Ali para uma casa de recepção, não muito longe e lá.  O edifício era grande, e o piso de entrada era coberto por um jardim, onde aguardavam cerca de uma dúzia de recém-chegados. Ali relatou a experiência:   — Era como um aeroporto. Vi americanos, ingleses, franceses e pessoas de todo o mundo. Apenas um deles era sírio
Pelos cinco dias subsequentes, o homem dormiu em um colchão e teve a oportunidade de conhecer os outros migrantes — que, em sua maioria, falavam inglês. Os funcionários do EI disseram que precisavam investigar suas origens antes de partirem para o próximo passo. No jardim, havia diversas galinhas, que, segundo Ali, apenas americanos e europeus podiam abater. O líder do grupo afirmou que a ação era um treinamento para matar infiéis. No fim dos cinco dias de reclusão, os novos recrutas embarcaram em um micro-ônibus com destino às montanhas Bellas, a leste da cidade de Homs
O grupo terrorista Estado Islâmico continua aumentando seu leque de crueldades. Desta vez, eles executaram seis prisioneiros emergindo as vítimas no piche quente
O líder levantou e explicou que o piloto tinha deixado cair bombas sobre os muçulmanos e ‘sua execução pelo fogo era uma justa retribuição sob a lei islâmica’. Os homens ouviam em silêncio Ali percebeu dezenas de olhos voltando-se em sua direção. Ele era o único jordaniano lá, e todos sabiam disso. Por mais que não tivesse dito nada, o horror em sua face era explícito.  O líder o fitou, deixando claro que aquilo havia sido um teste de lealdade. Ali começou a tremer. Quando criança, ele foi ensinado que queimar um homem era algo proibido no islamismo. Foi quando ele não aguentou e desabafou: “Deus me ajude”
Os seis prisioneiros, que foram capturados na cidade de Mosul, foram acusados de serem espiões do governo iraquiano (Foto ilustrativa)
As mortes grotescas acontecem dias depois de provas revelarem que o Estado Islâmico vem usando gás mostarda contra seus inimigos na linha de frente no Iraque (Foto ilustrativa)
No último dia do curso, os homens tiveram que jurar lealdade ao Estado Islâmico. Foi quando um comandante sírio em uniforme de batalha comunicou que os homens estavam sendo encaminhados para a linha de batalha. Ali se desesperou: — Senhor, eu não quero ir para a linha de frente. Tinham me dito que eu poderia fazer a administração em Raqqa. O comandante olhou para ele, enfurecido:   — Você fez um juramento. Deve escutar e obedecer agora, senão pode ser morto
Por um momento, Ali ficou em choque, e caminhou em direção ao ônibus   Ao chegar em Garma, ele e outro recruta ficaram responsáveis por arrastar homens feridos do campo de batalha (não havia macas). Segundo Ali, foi aterrorizante. — Eu ouvia cada bala atingindo aqueles homens na escuridão da madrugada, e os gritos de dor dos homens arrastados. Na manhã do terceiro dia, Abu Ali e um novo amigo chamado Abu Hassan caminharam juntos para a sede em Garma e confrontou o comandante iraquiano:  — Nós não queremos mais lutar. Você está deixando mortos e feridos para trás. O profeta Muhammad, a paz esteja com ele, não forçar os homens a lutar contra a sua vontade
Abu Ali foi despachado em um ônibus com destino a Síria. Os homens a bordo sabiam que seriam punidos. Chegando em Raqqa, um deles afirmou:   — Irmãos, não digam 'Eu não vou lutar mais'. Basta dizer, 'Eu prefiro lutar na Síria’. Vocês terão uma segunda chance.   Ali o fez
Dias depois, sozinho em uma casa em Manbij, Ali recebeu uma mensagem em seu celular. Quando abriu, se surpreendeu. Era um recado de sua ex-mulher, que dizia: “Se você ama algo, deixe-o ir. Se ele não voltar, não foi feito para você. Mas se voltar, será seu para sempre”.   Tremendo de emoção, Ali pediu desculpas por seus erros e disse que queria voltar. Naquele momento, começou a se questionar pela escolha que havia feito — de fazer parte do Estado Islâmico.   Ele tinha ouvido um rumor de que um de seus companheiros de batalha do Iraque, um homem de Marrocos, tinha escapado para a Turquia. Então enviou uma mensagem a ele, dizendo que queria ir embora
De acordo com informações do Daily Mail, a execução — que não teve imagens divulgadas — foi realizada aos olhos do público, em um centro de comando do grupo em al-Shora, no Iraque (Foto ilustrativa)
No café, um dos clientes perguntou de onde ele vinha. Mas Ali foi salvo pelo gongo. De fora, um grito que o aliviou:  —  Ei, a comida tá pronta, estamos atrasados!   Essa foi a frase de libertação de Ali, que respondeu educadamente ao cliente:   — Desculpe, estou atrasado, preciso ir
Ali saiu e subiu rapidamente na parte de trás de uma das motos, quase sem respirar. Os veículos desapareceram em meio à escuridão. No dia seguinte, depois de uma noite sem dormir em uma casa nas proximidades, Ali foi acompanhado pelos homens que o resgataram até a fronteira
A TV estatal síria informou que, com a ajuda de bombardeios russos, tropas do EI foram empurradas para Qaryatain, perto de Homs no fim de semana Brasileiro arrisca a própria vida para ajudar vítimas do Estado Islâmico

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Uma testemunha da execução cruel afirmou que o objetivo da ação foi "incitar o medo entre os cidadãos" (FOTO ILUSTRATIVA)
O homem caminhou em direção ao buraco no portão, inclinou-se e se espremeu até conseguir passar. Ao chegar ao lado sírio da fronteira, correu em busca das colinas empoeiradas do norte da Síria — berço do Estado Islâmico. Um dos guardas da fronteira viu o homem correndo e gritou. No entanto, não foi suficiente para fazê-lo parar. Esse homem era Abu Ali, de 38 anos, que vinha da Jordânia. Sua vida por lá estava de cabeça para baixo e isso o motivou a procurar uma forma de nascer de novo
Após uma hora de caminhada, um carro apareceu e um dos soldados do Estado Islâmico levou Ali para uma casa de recepção, não muito longe e lá.  O edifício era grande, e o piso de entrada era coberto por um jardim, onde aguardavam cerca de uma dúzia de recém-chegados. Ali relatou a experiência:   — Era como um aeroporto. Vi americanos, ingleses, franceses e pessoas de todo o mundo. Apenas um deles era sírio
Pelos cinco dias subsequentes, o homem dormiu em um colchão e teve a oportunidade de conhecer os outros migrantes — que, em sua maioria, falavam inglês. Os funcionários do EI disseram que precisavam investigar suas origens antes de partirem para o próximo passo. No jardim, havia diversas galinhas, que, segundo Ali, apenas americanos e europeus podiam abater. O líder do grupo afirmou que a ação era um treinamento para matar infiéis. No fim dos cinco dias de reclusão, os novos recrutas embarcaram em um micro-ônibus com destino às montanhas Bellas, a leste da cidade de Homs
O grupo terrorista Estado Islâmico continua aumentando seu leque de crueldades. Desta vez, eles executaram seis prisioneiros emergindo as vítimas no piche quente
O líder levantou e explicou que o piloto tinha deixado cair bombas sobre os muçulmanos e ‘sua execução pelo fogo era uma justa retribuição sob a lei islâmica’. Os homens ouviam em silêncio Ali percebeu dezenas de olhos voltando-se em sua direção. Ele era o único jordaniano lá, e todos sabiam disso. Por mais que não tivesse dito nada, o horror em sua face era explícito.  O líder o fitou, deixando claro que aquilo havia sido um teste de lealdade. Ali começou a tremer. Quando criança, ele foi ensinado que queimar um homem era algo proibido no islamismo. Foi quando ele não aguentou e desabafou: “Deus me ajude”
Os seis prisioneiros, que foram capturados na cidade de Mosul, foram acusados de serem espiões do governo iraquiano (Foto ilustrativa)
As mortes grotescas acontecem dias depois de provas revelarem que o Estado Islâmico vem usando gás mostarda contra seus inimigos na linha de frente no Iraque (Foto ilustrativa)
No último dia do curso, os homens tiveram que jurar lealdade ao Estado Islâmico. Foi quando um comandante sírio em uniforme de batalha comunicou que os homens estavam sendo encaminhados para a linha de batalha. Ali se desesperou: — Senhor, eu não quero ir para a linha de frente. Tinham me dito que eu poderia fazer a administração em Raqqa. O comandante olhou para ele, enfurecido:   — Você fez um juramento. Deve escutar e obedecer agora, senão pode ser morto
Por um momento, Ali ficou em choque, e caminhou em direção ao ônibus   Ao chegar em Garma, ele e outro recruta ficaram responsáveis por arrastar homens feridos do campo de batalha (não havia macas). Segundo Ali, foi aterrorizante. — Eu ouvia cada bala atingindo aqueles homens na escuridão da madrugada, e os gritos de dor dos homens arrastados. Na manhã do terceiro dia, Abu Ali e um novo amigo chamado Abu Hassan caminharam juntos para a sede em Garma e confrontou o comandante iraquiano:  — Nós não queremos mais lutar. Você está deixando mortos e feridos para trás. O profeta Muhammad, a paz esteja com ele, não forçar os homens a lutar contra a sua vontade
Abu Ali foi despachado em um ônibus com destino a Síria. Os homens a bordo sabiam que seriam punidos. Chegando em Raqqa, um deles afirmou:   — Irmãos, não digam 'Eu não vou lutar mais'. Basta dizer, 'Eu prefiro lutar na Síria’. Vocês terão uma segunda chance.   Ali o fez
Dias depois, sozinho em uma casa em Manbij, Ali recebeu uma mensagem em seu celular. Quando abriu, se surpreendeu. Era um recado de sua ex-mulher, que dizia: “Se você ama algo, deixe-o ir. Se ele não voltar, não foi feito para você. Mas se voltar, será seu para sempre”.   Tremendo de emoção, Ali pediu desculpas por seus erros e disse que queria voltar. Naquele momento, começou a se questionar pela escolha que havia feito — de fazer parte do Estado Islâmico.   Ele tinha ouvido um rumor de que um de seus companheiros de batalha do Iraque, um homem de Marrocos, tinha escapado para a Turquia. Então enviou uma mensagem a ele, dizendo que queria ir embora
De acordo com informações do Daily Mail, a execução — que não teve imagens divulgadas — foi realizada aos olhos do público, em um centro de comando do grupo em al-Shora, no Iraque (Foto ilustrativa)
No café, um dos clientes perguntou de onde ele vinha. Mas Ali foi salvo pelo gongo. De fora, um grito que o aliviou:  —  Ei, a comida tá pronta, estamos atrasados!   Essa foi a frase de libertação de Ali, que respondeu educadamente ao cliente:   — Desculpe, estou atrasado, preciso ir
Ali saiu e subiu rapidamente na parte de trás de uma das motos, quase sem respirar. Os veículos desapareceram em meio à escuridão. No dia seguinte, depois de uma noite sem dormir em uma casa nas proximidades, Ali foi acompanhado pelos homens que o resgataram até a fronteira
A TV estatal síria informou que, com a ajuda de bombardeios russos, tropas do EI foram empurradas para Qaryatain, perto de Homs no fim de semana Brasileiro arrisca a própria vida para ajudar vítimas do Estado Islâmico

Uma testemunha da execução cruel afirmou que o objetivo da ação foi "incitar o medo entre os cidadãos" (FOTO ILUSTRATIVA)

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