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Rússia cria comissão para investigar ingerência estrangeira no país

Medida se dá em meio aos maiores protestos antigovernamentais dos últimos anos no país. Primeira reunião ocorrerá no fim de agosto

Internacional|Da EFE

Governo de Putin tem sido alvo de protestos
Governo de Putin tem sido alvo de protestos

A Duma (Câmara Baixa do Parlamento) da Rússia criou nesta segunda-feira (19) uma comissão para investigar a ingerência estrangeira nos assuntos internos da Rússia em meio aos maiores protestos antigovernamentais dos últimos anos neste país.

A nova organização, que realizará a primeira reunião antes do final do mês, será liderado pelo presidente do comitê de segurança e luta contra a corrupção da Duma, Sergei Piskariov, segundo informou a agência Interfax.

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O deputado já enviou solicitações ao Ministério de Relações Exteriores russos, a entidades do Ministério do Interior e do regulador russo das comunicações, Roskomnadzor, para que apresentem informação sobre os casos detectados de ingerência estrangeira nos assuntos internos russos.

A proposta de criar a comissão foi feita no começo de agosto pelos líderes dos três partidos opositores com representação parlamentar, os comunistas, os ultranacionalistas e os sociais-democratas e contou com o apoio imediato do partido do Kremlin.


A iniciativa tem como propósito vincular os recentes protestos da oposição em Moscou a uma suposta ingerência estrangeira.

O líder do Partido Comunista da Rússia, Gennady Ziuganov, informou à imprensa que a comissão estará integrada por 12 pessoas.


Como resultado do trabalho, a comissão apresentará relatórios com base nos quais serão criados projetos de lei e declarações para parlamentos estrangeiros e a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), segundo comentou o parlamentar pela Rússia Unida Andrei Isaev, um dos integrantes da comissão.

O deputado citou como casos de ingerência nos assuntos internos do país a publicação por parte da Embaixada dos Estados Unidos na Rússia de um mapa com o itinerário de uma manifestação opositora em Moscou e os chamados da televisão alemã Deutsche Welle a participar de ações públicas não autorizadas.


Isaev perguntou o que aconteceria se os veículos de imprensa estatais russos como RT e Sputnik fizessem chamadas a participar de manifestações em Berlim e em Paris.

Dois protestos não autorizados pelas autoridades de Moscou acabaram em 27 de julho e em 3 de agosto com mais de 2 mil detidos e mais de cem detidos, respectivamente.

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