Rússia devolve corpos de 62 soldados à Ucrânia, incluindo os mortos em ataque a prisão

Os dois países trocam acusações sobre ataques contra as instalações onde militares capturados estavam presos

11/10/2022 - 08h32 (Atualizado em 20/04/2024 - 05h42)

A Ucrânia anunciou nesta terça-feira (11) que a Rússia havia devolvido os corpos de 62 soldados, em particular aqueles que morreram em julho no bombardeio da prisão de Olenivka, em território ocupado no leste da Ucrânia.

"Sessenta e dois heróis caídos voltaram para casa", disse o ministério encarregado da reintegração dos territórios ocupados pela Rússia.

Ele afirmou que alguns desses corpos vieram da prisão de Olenivka, na parte ocupada da região ucraniana de Donetsk.

Rússia e Ucrânia acusam-se mutuamente de realizar o ataque à prisão controlada pelo Kremlin e na qual havia militares capturados.

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A Ucrânia negou ter como alvo a infraestrutura civil ou prisioneiros de guerra. O presidente Volodmir Zelenski classificou como "crime de guerra" o que, segundo ele, foi um bombardeio russo nas instalações.

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A Rússia disse que os prisioneiros ucranianos detidos na prisão incluíam membros do batalhão Azov, que defendia a fábrica de Azovstal na cidade portuária ucraniana de Mariupol.

Diante de tensões políticas, soldados de EUA e Rússia posam juntos para fotos na Síria

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Tanto Washington como Moscou possuem tropas implantadas no território sírio. Ambos apoiam lados opostos da guerra, que ocorre no país desde 2011

A guerra da Rússia na Ucrânia desde fevereiro agravou as tensões geopolíticas com os EUA

Entretanto, as rotas das patrulhas americanas e russas se cruzaram no último sábado (8) de manhã. O encontro aconteceu em um campo de petróleo, perto da cidade de Al-Qahtaniyah, na província de Hasaca, no leste, segundo correspondentes da AFP

Não era a primeira vez que se cruzavam na região controlada pelos curdos. Entretanto, em vez de apenas passarem, desta vez os comboios pararam, e os soldados ficaram lado a lado enquanto conversavam e posavam para fotografias

Segundo os correspondentes, vários soldados trocaram pequenos "patches", emblemas feitos de remendo carregados em seus uniformes, como recordação da interação

Foi um "momento excepcional", disse Samuel Ramani, especialista em Síria. Ele acredita ser um sinal "de que a Rússia e os Estados Unidos ainda querem diminuir o conflito na Síria"

Grande opositor do regime sírio, Washington enviou em 2014 as primeiras tropas para o nordeste da Síria, como parte de uma coalizão para combater o grupo Estado Islâmico

As forças armadas russas, por sua parte, apoiam desde 2015 o governo do presidente Bashar al-Assad, mas não enviaram forças para o nordeste até 2019, após uma invasão turca contra os combatentes curdos

Os canais de desescalada do conflito seguem abertos desde 2015, para evitar qualquer confronto entre russos e americanos

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