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Rússia libertará quase cem baleias e orcas mantidas em 'prisão'

Animais passarão por reabilitação e serão soltos em seu habitat natural. Negociação foi mediada pelo oceanógrafo Jean-Michel Cousteau

Internacional|Da EFE

Uma das 11 orcas mantidas em cativeiro na Rússia
Uma das 11 orcas mantidas em cativeiro na Rússia Uma das 11 orcas mantidas em cativeiro na Rússia

As autoridades da Rússia anunciaram, nesta segunda-feira (8), a libertação de baleias e orcas retidas no que é considerado como a maior prisão de cetáceos do mundo, localizada no Mar de Okhotsk, no Oceano Pacífico, graças à mediação de cientistas russos e estrangeiros, como o francês Jean-Michel Cousteau.

"Libertaremos todos os animais em seu meio natural. Os cientistas da equipe Cousteau e especialistas russos determinarão quando e quais espécies serão libertadas", disse Oleg Kozhemyako, governador da região de Krai de Primorie (Extremo Oriente russo), à imprensa local.

Cousteau adiantou que a operação começará entre maio e junho e destacou que "transferir os animais para seu hábitat natural exige grandes gastos, mas mesmo assim, vamos fazê-lo".

Além disso, o oceanógrafo filho de Jacques Cousteau afirmou que na baía onde esses animais estão desde meados do ano passado serão criadas condições, o mais parecidas possíveis, ao hábitat natural e também será aberto um centro de reabilitação para tratar os cetáceos do Mar do Japão.

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Fundo internacional para recuperação das baleias

Cousteau também informou que um fundo internacional será criado e que o mesmo ficará responsável por todas as despesas relacionadas com a reabilitação dos animais.

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O francês se mostrou confiante de que o acordo de cooperação internacional assinado por sua equipe e os cientistas do instituto de oceanografia local ajude a solucionar o problema da "prisão de baleias".

"Os olhos de todo o mundo estão nos vendo. Estão à espera de como vamos solucionar esta situação", assinalou o oceanógrafo, ao reconhecer que manteve consultas com as autoridades locais durante vários dias.

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Os especialistas que acompanham Cousteau confirmaram que na "prisão de baleias" os profissionais tentaram adestrar os cetáceos para posteriormente vendê-los a aquários, mas somente os ensinando como comer através das mãos de um ser humano.

Baleias estão debilitadas e doentes

A organização ambientalista Greenpeace publicou imagens de orcas e baleias com brotoejas, furúnculos e manchas, que os especialistas atribuem a infecções virais, bacterianas e micóticas.

Os especialistas que examinaram os cetáceos advertiram que o sistema imunológico dos animais ficou muito debilitado nos últimos meses devido ao estresse provocado pela captura, ao processo de adaptação e às condições da prisão aquática, por isso que suas vidas correm perigo.

Depois de quase seis meses de denúncias, inação oficial e da morte de vários cetáceos, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao governo que encontrasse uma saída para a situação no Centro de Adaptação de Mamíferos Marítimos situado em uma baía perto do Porto de Nakhodka, no Pacífico.

Os grupos conservacionistas estão há meses alertando sobre o precário estado das 87 baleias, 11 orcas e cinco filhotes de morsa, depois que foi freada a venda para aquários chineses em troca de milhões de dólares.

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