Saiba como brasileiro criou teoria que serviu como base para ganhadores do Nobel de Física
Professor Amir Caldeira teve sua tese de doutorado, de 1980, usada para estudos de mecânica quântica
Internacional|Do R7
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Um modelo teórico criado por um professor brasileiro serviu como base para o trabalho dos cientistas que levaram o Prêmio Nobel de Física de 2025. O físico Amir Caldeira, do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, teve sua tese de doutorado, defendida em 1980, usada por John Clarke, Michel Devoret e John Martinis, reconhecidos por suas contribuições à mecânica quântica.
Caldeira contou que recebeu a notícia com surpresa e emoção. “Conheço o trabalho deles, não imaginava que fosse chegar ao Nobel. Aquilo que a gente fez lá atrás eles brilhantemente confirmaram. Nunca imaginei que a minha tese teria um impacto tão grande até o momento atual”, disse em entrevista para Unicamp.
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A descoberta premiada fala sobre o comportamento de sistemas quânticos em escalas maiores do que o nível atômico. A pesquisa abre caminho para avanços significativos na computação quântica, área que promete revolucionar o processamento de informações.
“A tecnologia, que permite manusear sistemas cada vez menores, vem se desenvolvendo há muito tempo. Agora, a aplicação prática da computação quântica ainda tem que ser estudada e contar com uma política de desenvolvimento. Sou contra o imediatismo, a aplicação está longe da nossa imaginação”, comentou o professor.
Outro brasileiro também estava envolvido no Nobel de Química, entregue a Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi, por descobrirem novas estruturas metal-orgânicas que podem capturar gases e ajudar no combate às mudanças climáticas. Entre os colaboradores do grupo de Yaghi está Ricardo Barroso Ferreira, ex-aluno de graduação e mestrado na Unicamp.
Ferreira, que hoje vive nos Estados Unidos, foi orientado pelo professor André Luiz Barboza Formiga e chegou a assinar um artigo na revista Science ainda como estudante de iniciação científica. Após o anúncio do prêmio, ele celebrou a conquista e relembrou a importância da Unicamp em sua trajetória.
“O professor Yaghi foi um grande incentivador para que eu fizesse meu doutorado fora, assinamos artigos juntos, ele me deu uma carta de apresentação. Durante o doutorado trabalhei na mesma área de sua pesquisa. É interessante como uma universidade pública como a Unicamp nos prepara para tantas coisas, abre tantas portas”, comentou Ricardo.
Perguntas e Respostas
Qual é a contribuição de Amir Caldeira para o Prêmio Nobel de Física de 2025?
Amir Caldeira, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, teve sua tese de doutorado, defendida em 1980, utilizada como base para o trabalho dos cientistas John Clarke, Michel Devoret e John Martinis, que foram reconhecidos com o Prêmio Nobel de Física de 2025 por suas contribuições à mecânica quântica.
Como Amir Caldeira reagiu ao saber da premiação?
Caldeira expressou surpresa e emoção ao receber a notícia. Ele comentou que conhecia o trabalho dos premiados e não imaginava que sua tese teria um impacto tão significativo até o momento atual.
Sobre o que fala a descoberta premiada?
A descoberta premiada aborda o comportamento de sistemas quânticos em escalas maiores do que o nível atômico, o que pode levar a avanços significativos na computação quântica, uma área que promete revolucionar o processamento de informações.
Qual é a opinião de Caldeira sobre a aplicação prática da computação quântica?
Caldeira acredita que a aplicação prática da computação quântica ainda precisa ser estudada e que é necessário um desenvolvimento político nessa área. Ele se opõe ao imediatismo, afirmando que a aplicação está longe do que se imagina atualmente.
Quem mais foi premiado e qual foi sua contribuição?
Outro brasileiro envolvido em uma premiação foi Ricardo Barroso Ferreira, que contribuiu para o desenvolvimento do estudo vencedor do Nobel de Química, concedido a Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi. Eles foram reconhecidos por descobrirem novas estruturas metal-orgânicas que podem capturar gases e ajudar no combate às mudanças climáticas.
Qual foi a experiência de Ricardo Barroso Ferreira na Unicamp?
Ferreira, que atualmente vive nos Estados Unidos, foi orientado pelo professor André Luiz Barboza Formiga e assinou um artigo na revista Science enquanto ainda era estudante. Ele destacou a importância da Unicamp em sua trajetória acadêmica e como a universidade o preparou para diversas oportunidades.
