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Secretário de Estado americano se reúne com presidente chinês em Pequim

Antony Blinken e Xi Jinping discutem questões territoriais e assuntos comerciais em áreas ligadas à tecnologia

Internacional|Do R7

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o presidente da China, Xi Jinping, durante encontro em Pequim
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o presidente da China, Xi Jinping, durante encontro em Pequim

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reuniu nesta segunda-feira (19) com o presidente chinês, Xi Jinping, que afirmou esperar que a visita represente uma "contribuição positiva" para as tensas relações bilaterais entre as duas potências.

O encontro começou às 16H30 locais (5H30 de Brasília), informou a imprensa estatal chinesa, no segundo e último dia da visita, a primeira a Pequim de um chefe da diplomacia dos Estados Unidos desde 2018.

No início da reunião, Xi declarou a Blinken esperar que a viagem represente uma "contribuição positiva" para as relações entre Pequim e Washington, informou a imprensa estatal chinesa.

"As interações entre Estados devem sempre ser baseadas no respeito mútuo e na sinceridade. Espero que o secretário Blinken, por meio desta visita, possa dar uma contribuição positiva para estabilizar as relações China-Estados Unidos", declarou Xi, de acordo com o canal de televisão estatal CGTN.


Vários temas dividem as duas potências, como o apoio de Washington à ilha autônoma de Taiwan, que Pequim considera parte do país, a rivalidade no setor de tecnologia, as reivindicações territoriais da potência asiática no Mar da China Meridional ou o tratamento dos uigures, uma minoria muçulmana do noroeste da China.

Antes da reunião com Xi, Blinken se encontrou com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, que afirmou que a viagem "acontece em um momento crítico nas relações China-Estados Unidos", segundo o canal estatal CCTV.


"É necessário escolher entre o diálogo e o confronto, a cooperação ou o conflito", declarou Wang, que estimulou a retomada de um caminho "saudável" na relação bilateral e o "trabalho conjunto" para que China e Estados Unidos tenham uma boa relação.

Firmeza sobre Taiwan

Wang Yi aproveitou a oportunidade para reafirmar a posição de seu país a respeito de Taiwan.


Nos últimos meses, os contatos entre Washington e as autoridades taiwanesas, procedentes de um partido independentista, irritaram Pequim, que respondeu com exercícios militares de grande envergadura ao redor da ilha de governo democrático.

O governo comunista chinês considera Taiwan uma ilha rebelde, que não conseguiu reunificar com o restante de seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

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"A manutenção da unidade nacional permanece no núcleo dos interesses fundamentais da China e, nesta questão, a China não tem margem para transigir ou ceder", enfatizou Wang.

O secretário de Estado americano foi recebido no domingo pelo ministro chinês das Relações Exteriores, Qin Gang, que na hierarquia do governo chinês está abaixo de Wang Yi.

O encontro durou sete horas e meia, mais do que o tempo inicialmente previsto, e as duas partes concordaram em manter as linhas de comunicação abertas para evitar futuros conflitos. 

Evitar conflitos

Os dois países informaram que Qin aceitou um convite para visitar Washington em breve.

As conversas de domingo foram "sinceras, substantivas e construtivas", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Blinken destacou "a importância da diplomacia e de manter abertos os canais de comunicação sobre todos os temas para reduzir o risco de percepções e os erros de cálculo", acrescentou Miller.

A portas fechadas, Qin disse a Blinken que as relações entre Estados Unidos e China "estão no ponto mais baixo desde que as relações diplomáticas foram estabelecidas" em 1979, de acordo com a CCTV.

"Isto não está de acordo com os interesses fundamentais dos dois povos, nem atende às expectativas comuns da comunidade internacional", acrescentou Qin.

A visita de Antony Blinken é a primeira de um secretário de Estado americano à China desde a viagem, em outubro de 2018, de seu antecessor Mike Pompeo.

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