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Semana de protestos continua com manifestações violentas de ambientalistas na França

A população francesa já estava protestando há dias contra o plano do presidente Emmanuel Macron de aumentar a idade da aposentadoria

Internacional|Do R7

A semana foi seguida por protestos pacíficos e pontualmente violentos
A semana foi seguida por protestos pacíficos e pontualmente violentos

Uma manifestação na França contra barragens para irrigação levou a confrontos com as forças de segurança neste sábado (25), em meio a protestos violentos contra a reforma da Previdência em todo o país.

As autoridades implantaram um forte dispositivo de segurança perto de Sainte-Soline (centro-oeste), onde está sendo construída uma dessas grandes barragens para irrigação e que desperta críticas de ambientalistas.

Cerca de 6.000 pessoas, segundo as autoridades, e cerca de 25.000, segundo os organizadores, se reuniram no local.

O Ministério do Interior mobilizou 3.200 gendarmes e policiais, o dobro de uma manifestação anterior em outubro. Em ambos os casos, a prefeitura não autorizou o protesto.


Segundo as autoridades, "pelo menos mil" ativistas violentos podem ter participado, alguns vindos do exterior, provavelmente da Itália. "O objetivo é aproximar e cercar o reservatório para interromper os trabalhos", disse à AFP um integrante do "Soulèvements de la Terre", um dos organizadores.

Ao meio-dia, perto das obras, cercados pelas forças de segurança, houve confrontos violentos com ativistas radicais, que lançaram projéteis, segundo os jornalistas da AFP.


Os arredores da barragem pareciam um campo de batalha, entre múltiplas explosões. Vários veículos da gendarmaria foram atingidos. A maioria dos manifestantes, no entanto, protestava pacificamente.

"Enquanto o país se levanta para defender as aposentadorias, iremos paralelamente defender a água", disseram os organizadores ambientalistas.


Esses tipos de barragens servem para armazenar a água extraída dos lençóis freáticos durante a estação chuvosa e são mantidos ao ar livre para fins de irrigação em caso de seca ou restrições no consumo de água.

Segundo seus defensores, eles são totalmente necessários para a manutenção dos campos diante do aquecimento global.

A construção de Sainte-Soline tem um custo de 70 milhões de euros (75 milhões de dólares, 396 milhões de reais), financiados a 70% por fundos públicos com a condição de serem utilizados métodos agroecológicos. Seus detratores criticam o acúmulo de água para o agronegócio.

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