Resumindo a Notícia
- Separatistas pró-Rússia de Donetsk afirmaram ter ocupado cidade próxima a Bakhmut
- O local é cenário de intensos conflitos e as forças russas tentam conquistá-lo há meses
- Bakhmutske fica perto da cidade de Soledar, que também é palco de violentos confrontos
- A região entre Bakhmut e Soledar é 'um dos lugares mais sangrentos do front', disse Zelenski
Ataque da Rússia à Ucrânia na cidade de Bakhmut, na linha de frente de Donbass
Clodagh Kilcoyne/File Photo/Reuters - 7.1.2023Separatistas pró-Rússia da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, afirmaram nesta segunda-feira (9) ter ocupado uma cidade próxima a Bakhmut, cenário de intensos conflitos, que as forças de Moscou vêm tentando conquistar há meses.
O território de Bakhmutske, na região de Donetsk, "foi liberado pelas forças armadas russas", anunciaram os separatistas daquela região, cuja anexação foi reivindicada pela Rússia.
A AFP, no entanto, não conseguiu verificar essas alegações com uma fonte independente.
Em um comunicado nas redes sociais, o grupo paramilitar Wagner, liderado pelo empresário Evgueni Prigozhi, afirmou que a cidade já havia sido "liberada" por seus homens no mês passado.
Bakhmutske está localizada a nordeste de Bakhmut, uma cidade conhecida pelas vinhas e pelas minas de sal e que tinha cerca de 70 mil habitantes antes do início da ofensiva russa, em 24 de fevereiro.
Próximo ao Kremlin, o grupo Wagner tenta ocupar a região de Bakhmut há alguns meses, mas enfrenta forte resistência dos ucranianos. Nos embates, grande parte da cidade ficou destruída.
Bakhmutske fica perto da cidade de Soledar, que também é palco de violentos confrontos.
Em outro comunicado, o chefe da organização afirmou que a ocupação de Soledar estava sendo planejada "exclusivamente" por seu grupo.
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski considerou no domingo (8) que o território entre Bakhmut e Soledar é "um dos lugares mais sangrentos do front".
Em setembro passado, a Rússia reivindicou a anexação de Donetsk e de outras três regiões ucranianas, após realizar referendos que nem a Ucrânia nem a comunidade internacional reconheceram.
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